De hoje (7) a domingo (9), o projeto Enxurrada Casa Preta III exibirá uma série de apresentações no YouTube e Facebook da Casa Preta Espaço de Cultura, para finalizar ações da edição.
Nesses três dias, o projeto vai conectar a diversidade musical, artística e de gênero à ancestralidade, reflexões sobre a folclorização, colonização, aculturação e desprezo pela história afro-ameríndia, em um retorno a todas contribuições, direitos básicos, lutas e referências das raízes que forjaram o país.
Nesta sexta-feira, às 19h, a programação começa com o Slam das Minas, grupo formado por mulheres nascidas e viventes de bairros periféricos de Salvador. Singa (São Caetano) e NegaFya (Sussuarana) trazem suas poesias de protesto para refletir sobre corpos dissidentes através das experiências de corpos negros e periféricos.
Em seguida, às 20h, o público tem encontro marcado com Cabokaji, banda premiada pelo Natura Musical para a produção do seu primeiro disco, também vencedora na categoria “Melhor Arranjo para Música com Letra” do 18° Festival de Música da Educadora FM. O trio soteropolitano é composto por Caboclo de Cobre, ator, compositor e fundador do Aldeia Coletivo, por ISSA, cantor, compositor e pesquisador, e Ejigbo, músico multi-instrumentista e arranjador. Ainda vai rolar show de rap com o MC tipo A.
Já no sábado (8), às 20h, o encontro será regado a um mergulho dançante pelas vertentes da música negra com a DJ Nai Kiese, primeira DJ mulher a orquestrar batalhas de freestyle no mundo, com Cabôco Experiência, que evidencia em sua apresentação a riqueza das heranças vivas e presentes no cotidiano brasileiro, expondo o duro processo de embranquecimento, higienização racial e inviabilização das culturas tradicionais, junto a MC Coscarque, que potencializa o show com rimas improvisadas, a influência no Hip Hop, cultura urbana e arte negra.
Quem fecha o festival no domingo (9), às 18h, é a banda Los Pesos, formada por Donna Liu, o multi-instrumentistas Mr. Dko e Dj Tau Brasil. Às 20h, o Coletivo Liliths e DiCerqueira finalizam as apresentações, em uma experiência sonora que celebra também as vidas LGBTQIA+.
O projeto é contemplado pelo Prêmio Anselmo Serrat de Linguagens Artísticas, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura Municipal de Salvador, por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, com recursos oriundos da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, governo federal.