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Em meio a pico de coronavírus, camaçarienses ignoram recomendações e se aglomeram nas ruas
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Com a pandemia do coronavírus, a rotina dos brasileiros foi bruscamente modificada em diversos aspectos. Segundo o último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, o país possui 12.056 casos da Covid-19 e 553 mortes. Um relatório científico, assinado pelo ministro Luiz Henrique Mandetta, informa que o pico de casos será entre abril e maio.
Na Bahia, de acordo com a Secretaria da Saúde (Sesab), são 456 pessoas infectadas, 13 óbitos e 106 pacientes curados. Em Camaçari, nesta terça-feira (7), há 10 casos confirmados, 24 em investigação e uma cura. Desde a confirmação do primeiro caso, no dia 20 de março, o governo municipal adotou diversas medidas para conter a disseminação do vírus.
Com o Decreto n° 7317/2020, só têm permissão para funcionar, estabelecimentos que comercializem serviços e produtos essenciais, como alimentos e medicamentos (confira a lista completa aqui). Demais negócios devem atender apenas na modalidade de delivery, seguindo as precauções de higiene.
No entanto, mesmo com a maioria dos estabelecimentos fechados, ainda é possível perceber um grande movimento no Centro. Os principais pontos de aglomeração são as casas lotéricas, onde é possível encontrar dezenas de pessoas nas filas, umas próximas as outras, quando o recomendado é o distanciamento de um metro entre os clientes.
O cenário se repete nos bancos, mesmo com a orientação de que agências físicas só devem ser procuradas em casos urgentes, já que boa parte dos serviços podem ser feitos online.
Na contramão do que foi determinado pela Prefeitura, algumas lojas de produtos não essenciais, como vestuário e utilidades, permanecem abertas e incentivam aglomerações, pois discretamente, recebem clientes no interior da loja, muitas vezes sem proteção. Também há os estabelecimentos que atendem os clientes na porta.
A aglomeração também é identificada na unidade das Lojas Americanas, que funciona com a restrição da entrada de 20 pessoas por vez e permite apenas a comercialização de produtos do setor alimentício e de higiene.
Fora dos estabelecimentos, os camaçarienses circulam pelas ruas ainda em um ritmo alto. Nas praças e nos pontos de ônibus há uma quantidade significativa de pessoas, algumas com máscaras e outras sem.
O desrespeito ao decreto pelos estabelecimentos é caracterizado como infração à legislação municipal e pode levar o infrator à diversas penalidades, inclusive a cassação da licença de funcionamento.
De acordo com o superintendente de Fiscalização e Ordenamento da Secretaria de Desenvolvimento Urbano de Camaçari, Pedro Archanjo, dois bares já foram notificados, um na Gleba B, outro no Inocoop, e um terceiro foi fechado na Lama Preta.
Ainda segundo Archanjo, os seguimentos que têm mais dificultado e burlado as medidas determinadas em decreto são os bares e igrejas evangélicas em bairros afastados do Centro. Duas igrejas no Verdes Horizontes e uma na Lama Preta estão no radar do órgão de fiscalização, devido a reincidência.
O superintendente também revelou ao Destaque1 que a partir deste sábado (11) uma equipe de fiscais irá se dedicar exclusivamente para combater a poluição sonora. “Outro trabalho que iremos realizar será com o apoio da Secretaria de Esportes, pois tomamos conhecimento que em muitas quadras e campos da cidade várias pessoas estão jogando bola. Iremos fazer um trabalho de conscientização com presidentes de associações para evitar esse tipo de aglomeração”, frisou Pedro Archanjo.
O descumprimento do decreto que suspende o funcionamento de estabelecimentos e disciplina sobre as medidas de prevenção ao novo coronavírus deve ser denunciado através do número 0800 284 6734. Também há os telefones (71) 3621-6742, (71) 3621-6678 e (71) 99984-7346. A fiscalização é realizada por duas equipes na sede e uma na orla, das 8h às 00h.
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