Camaçari
Em manifestação, barraqueiros pedem retorno do Camaforró
O governo anunciou a realização de festas descentralizadas em bairros da sede e orla.
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Mirelle LimaApós o anúncio do governo municipal de que não haverá Camaforró pelo terceiro ano consecutivo, integrantes da Associação dos Barraqueiros de Festas Populares de Camaçari (ABFPC) realizaram uma manifestação nesta segunda-feira (25) para pedir a realização do evento.
Este ano, o prefeito Elinaldo Araújo (União) confirmou que ocorrerá a realização de festas descentralizadas nos bairros e praças da sede e orla. As comemorações serão iniciadas com a festa de Santo Antônio, que acontecerá nos dias 11 e 12 de junho. O São João será celebrado nos dias 23 e 24, e os festejos serão finalizados com o São Pedro, que ocorrerá em dois momentos, nos dias 1º e 2 de julho e 8 e 9 de julho (lembre aqui).
Em entrevista ao Destaque1, o presidente ABFPC, Ronaldo Santana, destacou que mais de 240 famílias serão impactadas pela ausência do tradicional festejo.“Fomos todos pegos de surpresa, de uma hora pra outra, sem Camaforró. Serão muitas pessoas prejudicadas, estamos de mão atadas, porque os eventos que vai ter nos bairros, barraqueiro nenhum entra, não conseguimos entrar em festa de bairro, já tem os ambulantes fixos, e nós ficamos de fora”.
A barraqueira Cláudia Fabrício enfatizou que o Camaforró é a principal fonte de renda da categoria. “Soubemos de supetão que não teremos Camaforró e ficamos muito tristes. Já temos dois anos sem trabalhar, nem todo mundo tem um emprego fixo, uma renda fixa, e aí coloca pra ter uma festa na Inocoop, na Gleba C e em outros bairros que já têm os barraqueiros que trabalham. A gente nem entra lá, porque já tem os barraqueiros, e os bairros não comportam 240 barracas com isopor e outras estruturas. Não precisa trazer cantor famoso, já que está em cima da hora, tem gente da terra que é bom, nós só queremos trabalhar”, relatou.
O vereador Tagner Cerqueira (PT) esteve presente na manifestação e frisou que diversos setores serão prejudicados, como o turismo. “A gente esperava que, com a flexibilização da pandemia, teríamos o Camaforró. Não é só uma festa, gera renda, fortalece o turismo, no comércio local e na cultura. Precisamos ter uma resposta, o prefeito precisa ouvir os barraqueiros e entender o ponto de vista desses trabalhadores que precisam levar comida pra dentro de casa”, disse.
Também presente na manifestação, o vereador Ivandel Pires (Cidadania) afirmou que a Secretaria de Governo (Segov) realizará uma reunião para debater a logística dos barraqueiros. “A gente foi surpreendido com essa notícia de que não haverá Camaforró, mas houve um estudo para essa decisão, então o governo irá fazer uma reunião com os barraqueiros para explicar a logística”.
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