Em janeiro, inflação da RMS foi a mais alta do Brasil e a maior para o mês em sete anos

Em janeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo IBGE, teve forte aceleração – aumentou mais do que no mês anterior – e foi a 1,09% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Em dezembro, o IPCA na RMS havia sido de 0,39%.

A inflação da RMS no primeiro mês de 2022 também foi a maior do Brasil e a mais alta para um janeiro em sete anos, desde 2016, quando o IPCA havia chegado a 1,69%.

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No Brasil como um todo, o IPCA de janeiro ficou em 0,53%, com discretas deflações registradas na Região Metropolitana de Curitiba/PR (-0,05%) e no município de São Luís/MA (-0,01%).

Com esse resultado, nos 12 meses encerrados em janeiro, a inflação na Região Metropolitana de Salvador acumula alta de 6,53%. Começa 2023 acima dos 6,29% registrados no ano de 2022 e é a segunda mais elevada do país, abaixo apenas do índice da Região Metropolitana de São Paulo/SP (6,67%). Nacionalmente, o IPCA tem aumento acumulado de 5,77% nos 12 meses encerrados em janeiro.

Os vilões

A inflação de janeiro na Região Metropolitana de Salvador foi resultado de altas em oito dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA.

Apenas o grupo artigos de residência, um dos que têm menos peso nas despesas das famílias na RMS, mostrou deflação (-0,39%), com influência mais forte dos móveis (-1,47%), sobretudo aqueles para quartos (-3,5%).

No outro extremo, três grupos de gastos com pesos relevantes no orçamento foram justamente os que mais contribuíram para o aumento do custo de vida em janeiro, na RMS: transportes (2,28%, maior aumento), habitação (1,73%, terceiro maior aumento) e alimentação e bebidas (0,87%, quinto maior aumento, mas grupo de maior peso no IPCA).

Individualmente, a energia elétrica (8,07%), do grupo habitação, foi o item que mais puxou para cima a inflação de janeiro na Região Metropolitana Salvador, por conta do ICMS, que retornou ao patamar de 27% a partir do dia 1°. Em seguida vieram a gasolina (6,34%) e o etanol (13,69%), ambos no grupo transportes.

Entre os alimentos, a principal pressão inflacionária veio das frutas (4,7%), sobretudo a banana-prata (8,7%), mas a alimentação fora (0,93%) também teve impacto relevante, puxada pela cerveja (4,01%) e pelas refeições como almoço e jantar (0,61%).

Apesar dos aumentos disseminados, alguns itens que fecharam o ano de 2022 com fortes altas apresentaram deflações importantes para segurar um pouco o IPCA de janeiro. Foi o caso do perfume (-6,05%), do condomínio (-2,99%), da cebola (-12,76%) e do gás de botijão (-2,21%).