Na próxima segunda-feira (30), às 8h, os professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) de Salvador e dos campi do interior farão um ato estadual em defesa da universidade e em reivindicação da recomposição salarial. A ação, que ocorrerá na capital baiana, no campus do Cabula, será a primeira ampla atividade de mobilização da greve, iniciada nesta sexta-feira (27).
Também na segunda, a partir das 13h30, no Teatro do Campus I, no Cabula, será realizada uma assembleia geral docente, que terá como pauta a proposta do Comando de Greve, a ser apresentada em reunião junto ao governo, em 2 de outubro.
A categoria alega, entre outras questões, que mais de 160 docentes da universidade têm suas promoções barradas pela Secretaria de Administração da Bahia (Saeb), além de adicionais de insalubridade negados. O movimento grevista também reivindica o aumento do repasse orçamentário para 7% da Receita Líquida de Impostos, que ficou abaixo de 5% nos últimos anos.
A interferência do governo na autonomia universitária para a gestão acadêmica, administrativa e orçamentária também está entre as pautas dos docentes, que repudiam a ação.
A categoria ainda considera insatisfatória a proposta de recomposição salarial apresentada pelo governo na última mesa de negociação, que representa um aumento acima da inflação de 4,94%, juntando os valores dos anos de 2025 e 2026. As previsões inflacionárias são do Boletim Focus. Segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a defasagem salarial devido à falta de recomposição inflacionária, desde 2015, chega a 35%.