Em cinco anos, Camaçari registrou 205 casos de hanseníase

De 2017 a 2022, foram diagnosticados 205 casos de hanseníase em Camaçari. Os dados foram divulgados pelo Comitê Municipal de Combate à Tuberculose e Hanseníase, durante a apresentação do plano de ação para prevenção e combate da hanseníase em 2023. A iniciativa aconteceu nesta terça-feira (24), na sede da União das Organizações Sociais e Culturais de Camaçari (UOSC), e foi direcionada a representantes da Secretaria da Saúde (Sesau) e da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedes).

De acordo com a coordenadora do Comitê Municipal e subcoordenadora das Doenças e Agravos Transmissíveis e Doenças Crônicas, Ana Iara, “esse número é muito abaixo da realidade, e isso se deve ao fato das pessoas ainda terem preconceito em procurar uma unidade de saúde para realizar o diagnóstico assim que surge algum sintoma da doença”.

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Ana Iara ressalta ainda que “a hanseníase é uma doença de evolução lenta, que leva à incapacidade física permanente se não tratada no início dos sintomas. Mas ela tem cura, e o tratamento é oferecido gratuitamente em todas as unidades de saúde de Camaçari. Por isso, convocamos que, ao identificar algum dos sintomas, a pessoa procure imediatamente a unidade de saúde do seu bairro”.

Durante a ação, o secretário da Saúde de Camaçari, Elias Natan, destacou que a equipe da pasta tem acompanhado os casos. “Temos uma equipe muito competente na Sesau, que tem feito um trabalho muito importante no combate à hanseníase. Especialmente acompanhando os pacientes em tratamento, dando todo o suporte necessário”.

Doença

A hanseníase é uma doença infecciosa de evolução crônica que, embora curável, ainda permanece endêmica. A bactéria é transmitida pelas vias respiratórias, e não pelos objetos utilizados pelo paciente. Apesar da sua alta infectividade, cerca de 90% dos indivíduos infectados pelo Mycobacterium leprae não desenvolvem a doença, fato atribuído à resistência natural contra o bacilo.

Os principais sintomas da hanseníase são manchas hipocrômicas ou avermelhadas na pele, perda ou diminuição da sensibilidade, dormência ou formigamento de mãos/pés, dor ou hipersensibilidade em nervos, edema ou nódulos na face ou nos lóbulos auriculares, ferimentos ou queimaduras indolores nas mãos ou pés.

Mais informações sobre a hanseníase e o seu tratamento podem ser adquiridas também através do contato 71 99228-3933 ou pelo e-mail subcoord.datedcnt.das@gmail.com.