Educação
Em carta aberta, ALPB Camaçari afirma que professores não retornarão e recomenda aos estudantes ficarem em casa
As aulas semipresenciais da rede estadual estão programadas para retornar na próxima segunda-feira (26).
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Camila São JoséO Governo do Estado anunciou que as aulas semipresenciais da rede pública estadual serão retomadas na próxima segunda-feira (26) para as turmas do ensino médio. Porém, a Associação dos Professores Licenciados do Brasil – Seção Bahia (APLB-BA) em Camaçari afirma em carta aberta que os profissionais não retornarão para as salas de aula.
Após reunião realizada nesta quinta-feira (22), a APLB Camaçari decidiu “manter o trabalho remoto até a imunização completa da categoria, bem como a diminuição do contágio entre os integrantes da comunidade escolar, principalmente com a expectativa da variante delta, que é bem mais contagiosa e perigosa”.
Em encontro para decidir o retorno das aulas semipresenciais da rede municipal, na última quarta-feira (21), o secretário de Saúde de Camaçari, Elias Natan, havia confirmado que até o final do mês de julho 60% dos profissionais da educação do município estarão imunizados com a segunda dose contra Covid-19.
Na carta, a APLB Camaçari informa que educadores permaneceram trabalhando desde o início da pandemia, com a utilização de ferramentas digitais e a produção de materiais impressos para alunos que não possuem internet.
“Estamos nos dedicando a atender os nossos alunos e alunas da melhor maneira possível, utilizando nossos equipamentos, internet, energia e abdicando da privacidade dos nossos lares, porque entendemos que a situação exige cuidado e não queremos perder vidas valiosas que convivem conosco por imprudência”.
No documento, o sindicato pede aos estudantes que permaneçam em casa acompanhando as aulas remotas.
O governador Rui Costa (PT) afirmou anteriormente que profissionais que não comparecerem às escolas no período programado para o retorno terão os salários cortados e receberão apenas por dias trabalhados. Além disso, o político também informou que o Bolsa Presença, no valor de R$ 150 por mês, só será pago aos alunos que estiverem frequentando as aulas semipresenciais. A decisão foi criticada pela APLB Camaçari, que falou que a definição da volta às aulas foi imposta sem diálogo com a categoria (lembre aqui).
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