Política
Em audiência pública, Câmara de Camaçari debate Dia do Trabalhador e geração de emprego
A Casa debateu a necessidade de buscar alternativas para minimizar o impacto na capacidade de empregabilidade, por conta da saída da Ford e da pandemia.
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RedaçãoNesta quarta-feira (5), a Câmara Municipal de Camaçari colocou em pauta a geração de empregos na cidade em audiência pública, proposta pelo vereador Dentinho do Sindicato (PT), em alusão ao Dia do Trabalhador, comemorado em 1º de maio.
No debate, a Casa focou na necessidade de buscar alternativas para minimizar o impacto na capacidade de empregabilidade do município, por conta da saída da Ford e da pandemia de Covid-19.
“Faço parte desse movimento desde a minha infância. Já adulto, atuo defendendo o trabalhador. Sei que precisamos estar juntos para que esse debate resulte em solução e em caminhos para que uma nova montadora venha para a cidade. A vida do trabalhador nunca foi fácil. Só conquista quem luta”, declarou Dentinho.
Integrante do corpo jurídico do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Química da Bahia (Sindiquímica), o advogado Clériston Bulhões defendeu o investimento em outros setores econômicos como outro meio de fortalecimento da economia.
“O movimento feito pela Ford é um mecanismo praticado por muitas empresas desse porte. Por isso, é preciso pensar em mecanismos que tragam segurança ao trabalhador, planejar a médio e longo prazo, e potencializar outros setores econômicos, como o turismo e o setor de serviço”, avaliou.
Para o vereador Gilvan Souza (PSDB), por exemplo, é preciso pensar no potencial turístico de Camaçari. Segundo o político, o setor é capaz de absorver muitos profissionais e negócios. “Camaçari não pode mais concentrar sua economia exclusivamente na indústria. O turismo deve ser visto como importante fonte de receita. Para isso, é necessário fomentar o seu potencial econômico. O Programa Invista em Camaçari, proposta do Poder Executivo recentemente aprovada por esta Casa, valoriza essa pluralidade. O município está assumindo um déficit de receita para atrair novos investimentos em todos os setores”, afirmou.
A supervisora técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (DIEESE), Ana Georgina Dias, pontuou que, além do impacto na economia camaçariense e a extinção de postos de trabalho, a saída da Ford também provocou inúmeras outras consequências.
“O Complexo Ford correspondia a 10% do ICMS do Estado. Além disso, estima-se que sua saída represente uma redução de 2% no PIB. Além dos empregos diretos que deixaram de existir, há todo um impacto em cadeia, que afeta outras empresas e outros setores, prejudicando toda uma dinâmica econômica. Seria interessante se o estado atraísse uma empresa deste mesmo setor, que aproveitasse a mão de obra qualificada e a estrutura. Também é preciso que haja uma política industrial efetiva, articulada com o governo federal”, contribuiu.
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