Bahia
Em apenas três dias, Bahia foi atingida por 73 mil raios; confira orientações de segurança
Descargas elétricas associadas aos ventos fortes aumentaram os números de atendimentos da Coelba.
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RedaçãoA frente fria que se instalou no litoral da Bahia na última semana trouxe muita chuva e elevou a incidência de raios. Entre sexta-feira (15) e domingo (17), cerca de 73 mil raios foram registrados no estado, segundo dados do Climatempo. Esse volume, associado aos fortes ventos, elevou o número de atendimento realizados pela Coelba neste final de semana, chegando à soma de 5.439 ocorrências atendidas, uma elevação de 28% em comparação ao mesmo período do ano passado.
“O nosso sistema elétrico conta com para-raios em sua extensão, mas o aumento na incidência das descargas atmosféricas, que normalmente ocorrem sequenciadas, podem causar danos significativos às estruturas e provocar interrupções no fornecimento de energia”, lembra André Araújo, superintendente técnico da Neoenergia Coelba.
A partir de um sistema de meteorologia interno, a distribuidora montou um plano de atuação, que foi iniciado na última quinta-feira (14), para atender com maior brevidade as ocorrências relacionas a raios e a chuva, que afetam mais fortemente regiões no interior da Bahia.
“Montamos um plano de atuação baseado nas condições meteorológicas previstas. E para atuar no último final de semana, por exemplo, duplicamos o número equipes em campo”, conta o gerente de desempenho da operação, Vinicius Dutra.
Em um dos casos mais relevantes, as descargas atmosféricas danificaram dois transformadores de uma única subestação da companhia, no distrito de Imbassaí, no município de Mata de São João, impactando diretamente mais de 1.353 clientes.
Previsão ainda é de chuva nos próximos dias
Segundo o Climatempo, a previsão de chuvas intensas e frequente ao longo desta semana. Por isso a concessionária aumentou em 80% o número de equipes em campo para atendimento as ocorrências. Todo o efetivo que inclui engenheiros, técnicos e eletricistas permanecerão de plantão até que a situação climática seja normalizada.
Estatísticas e prevenção
Do ponto de vista do risco de acidentes, a probabilidade de alguém morrer atingido por um raio é de 0,8 por 1 milhão por ano no Brasil, mas ela pode aumentar para a ordem de 1 para 1.000, dependendo de onde a pessoa está e o que está fazendo durante uma tempestade.
Por isso, é preciso saber o que fazer e o que evitar quando se escuta um trovão (barulho característico de um raio). De acordo com o Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do Governo Federal, 80% dos casos de morte provocada por raios podem ser evitados se as pessoas souberem como se proteger.
Confira as orientações de segurança:
– Ao ar livre, sempre mantenha uma distância segura da rede elétrica, independente se estiver chovendo ou não;
– Recomenda-se ficar dentro de casa ou em local abrigado durante a chuva;
– Não instale, desligue ou remova antenas se estiver chovendo. Se sua antena cair sobre a rede ou próximo a ela, nunca tente segurá-la ou recuperá-la;
Desconecte das tomadas, com segurança e sempre pelo plug, os aparelhos eletrônicos que não estiverem sendo usados;
– Caso encontre um fio caído, jamais se aproxime e ligue imediatamente para o 116 da Neoenergia Coelba
Não pratique atividades de agropecuária ao ar livre durante tempestades pois esta é a circunstância mais vulnerável durante uma tempestade com raios;
– Afaste-se de carros e tratores e não ande de moto, bicicletas nem fique ao lado de transportes em geral;
– Evite ficar em lugares abertos como praias, campos de futebol, embaixo de árvores ou perto de cercas;
– Evite tocar em objetos que conduzem eletricidades, tais como celular conectado ao carregador, telefone com fio e objetos metálicos grandes;
– Não se abrigue em locais abertos como sacadas, varandas, toldos, deques etc.
– Opção segura de abrigo, caso esteja na rua: busque um veículo fechado e fique dentro dele, com as portas e janelas fechadas, sem encostar-se à lataria até a tempestade passar.
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