Camaçari
Professores da rede municipal anunciam paralisação e Elinaldo questiona decisão
A categoria reivindica reajuste salarial linear e melhores condições de trabalho.
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RedaçãoO Sindicato dos Professores e Professoras da Rede Pública Municipal de Camaçari (Sispec) anunciou paralisação das atividades educacionais nesta terça (9), quarta (10) e quinta-feira (11). A categoria reivindica reajuste salarial linear e melhores condições de trabalho.
Em nota, o prefeito Elinaldo Araújo (União) manifestou-se sobre a decisão. “O que justifica, nesse cenário, a proposição de uma paralisação que deixa 39 mil estudantes excluídos do ambiente escolar, com ampliação dos contextos de vulnerabilidade e restrição à alimentação escolar? Com a pandemia da Covid-19, nossos alunos ficaram quase dois anos longe da escola, e os prejuízos pedagógicos e emocionais daí decorrentes ainda estão longe de serem totalmente superados”, disse Elinaldo.
“A suspensão das atividades, além de esvaziar o direito à educação das nossas crianças, retira delas o direito à refeição diária e, ainda, compromete a organização familiar de mães e pais, que têm na escola pública um local seguro e gratuito para deixar seus filhos, enquanto trabalham em busca do sustento familiar”, disse o prefeito ao acrescentar que, “este ano, já afirmo antecipadamente, em nome do interesse público e do superlativo direito de nossas crianças e jovens terem acesso à Educação, faremos uso de todas as estratégias legais para garantir o funcionamento pleno de nossas unidades escolares. Não abriremos mão dessa prerrogativa legal”.
O prefeito acredita que a paralisação anunciada pelo Sispec não terá adesão por aqueles profissionais conscientes do atual contexto, da importância de a escola estar aberta para todos, dos reflexos de tal paralisação sobre o aprendizado, alimentação e organização das rotinas diárias das famílias camaçarienses. “Se a suposta justificativa para essa paralisação foi técnica, estão demonstrados os elementos que evidenciam o erro de tal decisão. Se, por outro lado, trata-se de pessoas envolvidas no movimento de cunho político, em ano pré-eleitoral, que contamina, e sabemos bem que são, em detrimento do direito das nossas crianças e famílias, a resposta deverá ser a mais dura possível”, afirma o gestor.
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