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Dudu do Povo garante que será a voz da periferia na Câmara Municipal
Eleito com 2.186 votos, Edvaldo Santos foi o mais votado entre os novos vereadores.
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Mirelle LimaCom o objetivo de apresentar o perfil dos 12 novos vereadores eleitos em Camaçari, o Destaque1 deu início nesta terça-feira (24) a uma série de entrevistas especiais. Eleito com 2.186 votos, Edvaldo de Jesus Santos, 35 anos, conhecido como Dudu do Povo (Cidadania), foi o mais votado entre os novos vereadores da Casa Legislativa.
Natural de Camaçari, Dudu cultivou suas raízes no Parque Satélite, bairro onde foi adotado aos 15 dias de vida e mora até os dias atuais. Pai de dois filhos, ele já trabalhou como vendedor de picolé, entregador de compras, montador de andaime e encanador industrial.
Com o propósito de dar voz àqueles que são marginalizados pela sociedade e após obter diversas conquistas como presidente da Associação de Moradores do Parque Satélite, Dudu decidiu disputar uma cadeira no legislativo municipal para atender as necessidades da população.
Entre os projetos conquistados ainda enquanto líder comunitário está a requalificação da Praça e Campo do Parque Satélite, com mais de 5.700 metros quadrados, obtida através de articulação com o prefeito Elinaldo Araújo (DEM).
Confira a entrevista:
Destaque1 – Quem é Dudu do Povo?
Dudu do Povo – É um menino nascido em Camaçari, em especial no bairro Parque Satélite, onde surgiu a oportunidade de ser adotado. Uma criança que os pais tiveram um problema interno e acabou sobrecarregando nessa criança. Surgiu com a intenção de entender a necessidade do próximo porque sentiu na pele.
D1 – Por que decidiu ingressar na política?
Dudu – Na verdade, eu não decidi ingressar na política. Eu acredito que foi o cenário político que nos escolheu, devido à nossa disposição de entender a necessidade do outro.
D1 – Como o senhor enxerga equipamentos públicos, como a Casa da Criança, local importante na sua formação, para os jovens de Camaçari?
Dudu – A Casa da Criança é um celeiro de oportunidades onde vivenciei diversos capítulos da minha vida, e pode me ajudar na minha formação mental, com a estrutura de enxergar o ponto de vista da vida diferente, e é um dos pontos que eu acredito que tem que voltar a estar ativo para dar oportunidade aos jovens da nossa cidade.
D1 – Qual o sentimento de ser um dos vereadores eleitos mais jovens, mais votados, e na primeira tentativa?
Dudu – É um sentimento de gratidão, gratidão de reconhecimento. Por ser jovem, existe uma discriminação. Por mais que seja nos bastidores, mas existe. Às vezes algumas pessoas acham que a maturidade está no cabelo branco ou até mesmo na idade exposta de vivência. Só que a nossa maturidade não foi feita da noite pro dia, foi vivenciando diversos momentos difíceis, sentindo na pele, então nós temos domínio hoje pra tratar desse assunto com muita tranquilidade. Hoje eu me sinto orgulhoso por ser um dos jovens de Camaçari, e ser um dos parlamentares mais jovens da Casa Legislativa.
D1 – Como o senhor avalia a conjuntura municipal, estadual e federal?
Dudu – O cenário a cada dia está melhorando, nós vencemos agora aqui municipalmente. Em todos os aspectos, a população deve ser sempre representada, e nós tivemos um exemplo municipalmente. Aquilo que não evoluir ou não desenvolver para representar o patrão, porque o patrão é o povo, o povo que manda, se não representar o patrão tem que ser demitido, tanto eu, como qualquer pessoa para representar a classe que o colocara lá. Eu vejo que todos que tiveram oportunidade entenderam o recado que é a vez do patrão, de dar oportunidade para o patrão, porque é o povo que manda na Casa Legislativa.
D1- Quais serão os principais projetos durante o mandato?
Ouça:
D1 – O senhor tem um apego muito grande com seu bairro, como pretende representá-lo na Câmara?
Dudu – Tentando dar o meu melhor. É aquilo que eu narrei anteriormente: a dor desse povo é a minha dor, o grito desse povo é o meu grito, o choro desse povo é o meu choro, até porque eu vivencio isso na minha pele. Às vezes vivenciamos momentos tão difíceis por morarmos em bairros periféricos, por ser negro, por ser de família humilde. Às vezes há um preconceito tamanho, e principalmente esse bairro do Parque Satélite vivencia isso muito. As pessoas acham que quem mora em bairro periférico são todos bandidos, às vezes, por ser negro, acha que vai te assaltar, e não é assim. Hoje nós lutamos pela bandeira de respeito e igualdade a todos.
D1 – Quais mudanças os seus projetos sociais já trouxeram para o bairro?
Ouça:
D1 – Deixe uma mensagem para seus eleitores, e, também, para aqueles que não te conhecem ainda.
Dudu – A minha mensagem final é para agradecer, primeiramente, a Deus e aos 2.186 votos de confiança, e dizer que nós estaremos lutamos por uma melhoria. E para aqueles que não têm voz, vai surgir uma voz para gritar por eles, e pedir para que eles se aproximem, pois o mandato não é só meu, é coletivo.
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