No Dia do Combate à Intolerância Religiosa, celebrado na terça-feira (21), o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) divulgou dados que apontam 2.472 mil denúncias de intolerância religiosa registradas pelo Disque Direitos Humanos (Disque 100) em 2024.
Em comparação com a quantidade de denúncias de 2021 à 2024, o número corresponde à um aumento de 323,29%. Com relação a 2023, foi registrada a diferença de quase 1000 ligações, o que representa uma aumento de 66,8%. Há dois anos, foram 1.481 denúncias.
O levantamento de 2024 ainda caracteriza a quantidade de vítimas por segmento religioso. Dados revelam que 151 foram da umbanda, 117 do candomblé, 88 do evangelho, 53 católico, 36 espírita, 21 de religiosidades afro-brasileiras, 6 do islamismo e 2 do judaísmo. Em 1.842 das notificações não houve indicativo de religião. Em 1.423 casos, as denuncias foram feitas por mulheres e 826 por homens. A Bahia registrou 175 queixas da infração.
Com 24h de funcionamento, o serviço é gratuito e funciona todos os dias da semana, incluindo feriados. Para acionar, basta discar 100 no telefone.
O Dia do Combate à Intolerância Religiosa foi oficializado pela Lei Federal nº 11.635/2007, para marcar a data de falecimento da Mãe Gilda de Ogum, com o objetivo de lembrar a garantia da liberdade religiosa, no país, prevista no artigo 5º inciso VI da Constituição Federal de 1988.