O racha no Progressistas em Camaçari ganhou novos contornos nesta quinta-feira (20), durante primeira sessão ordinária do Legislativo Municipal. Por protocolo, os parlamentares decidem e apresentam os líderes dos partidos e federações no primeiro encontro oficial do período Legislativo. Os progressistas Dilson Magalhães e Manoel Jacaré, no entanto, não entraram em consenso, e a legenda ficou sem liderança definida.
Jacaré diz que não aceita ser liderado por um vereador de governo e reitera o apoio à bancada oposicionista na Casa, enquanto Dilson prega que o “bom senso deve prevalecer”. Sem acordo firmado e com articulações em andamento, a representação da legenda na Casa fica em aberto.
Desde que Magalhães rompeu com o grupo do ex-prefeito Elinaldo Araújo (União), entre o primeiro e segundo turno das eleições municipais, as disputas internas no partido foram acirradas. O vereador já sinalizava que migraria para a então oposição, liderada por Luiz Caetano (PT). À época, aliados a Elinaldo avaliavam a decisão de Dilson como uma traição.
A presidência municipal da legenda também enfrenta imbróglios, já que o segmento ligado ao deputado federal João Leão não quer que Dilson Magalhães esteja à frente do partido. A chegada do vereador ao comando do Progressistas em Camaçari é defendida por políticos alinhados ao diretório estadual, que é presidido pelo deputado federal Mário Negromonte Jr.
À nível estadual, o Progressistas tem se aproximado do governador Jerônimo Rodrigues (PT) visando o retorno à base governista, o que tem inflamado as relações com políticos contrários ao movimento.