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Dia Internacional da Mulher: a conexão com o Sagrado Feminino como empoderamento das nossas histórias
Mais do que uma vivência espiritual, o Sagrado Feminino é um mergulho no autoconhecimento.
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Camila São JoséNós somos feitas de matéria, energia e, principalmente, de vivências. Trocar com outras pessoas, se conhecer e se reconhecer é o que nos torna mais donas de nós, nos faz ter certeza da nossa caminhada.
Nesse ciclo é que a terapeuta transpessoal e holística, consteladora sistêmica e guardiã do Sagrado Feminino, Mila Loureiro, 35 anos, trabalha para incentivar e despertar mulheres. Tudo começou como uma missão de alma, em 2014, quando voltou dos Estados Unidos e decidiu ingressar em uma formação em terapia transpessoal e holística; foram 28 meses de mergulho em si. A partir desse ponto, a então jornalista começou a desenvolver trabalhos em grupo, que em sua maioria atendiam mulheres, e de maneira intuitiva iniciou as atividades voltadas para o universo feminino. Assim surge o Sagrado Feminino, projeto focado em despertar a essência das mulheres.
“O objetivo principal é a cura, a aceitação, o perdão, o reconhecimento e a força dessa mulher, dessa mulher sagrada, dessa deusa que habita dentro de cada uma de nós”.
Mais do que uma vivência espiritual, o Sagrado Feminino é um mergulho no autoconhecimento, na importância de se perceber enquanto ser especial, reconhecer os diversos ciclos dessa existência, como a menstruação e a maternidade, mas também os propósitos, o lado profissional e relacionamentos. Para Mila Loureiro, é uma ferramenta de inspiração e transformação.
“Quando a gente começa a reconhecer que somos deusas, que somos seres especiais, a gente se aceita da forma como a gente é, porque a gente sabe que nada acontece por acaso. Então, essa aceitação vai trabalhando o autoamor, a transformação, o renascimento desse feminino mesmo que habita, o auto perdão — e consequentemente a possibilidade de perdoar também as pessoas ao nosso redor — e encontrar o verdadeiro empoderamento. Mas não o empoderamento comparado a outras mulheres, mas o empoderamento de si mesma, com todas as peculiaridades que existem dentro dessa mulher, acolhendo a luz e sombra, acolhendo essa dualidade que faz parte dessa experiência terrena”.
Ouça:
Como explica a terapeuta, nós, mulheres, somos seres cíclicos, assim como as fases da lua, e perceber as necessidades e mudanças do nosso corpo está entre as principais funções da vivência do Sagrado Feminino.
Ouça:
“Nós temos dentro de nós o yin-yang”, lembra Mila Loureiro. Esse termo indica que temos a força sagrada feminina e masculina, mas, enquanto mulheres, possuímos o yin mais potencializado, a força intuitiva mais presente, o que não nos coloca no local de fragilidade, como ressalta a terapeuta.
“As mulheres ficaram sendo colocadas no lugar apenas de fragilidade, a gente precisa reconhecer que existe uma diferença física entre o homem e a mulher, mas que a mulher consegue também desenvolver uma força que o homem não consegue desenvolver, uma força interior. Então, para nos sentirmos completas precisamos entender essa diferença física entre o masculino e o feminino, e reconhecer que podemos potencializar dentro de nós características que são importantes. Essa fragilidade que muitas pessoas taxam é nossa intuição, a gente consegue enxergar além muitas vezes, e a gente vai recusando esses poderes femininos. Então, é reconhecendo o nosso poder feminino que nos tornamos mais fortes, mais conectadas, e a gente não vai precisar disputar com ninguém, porque a gente conecta com a sororidade entre nós mulheres, e a gente passa a reconhecer a força e a potência do homem, assim como a nossa”.
Neste dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, data marcada por luta por equidade social e contra a violência de gênero, Mila Loureiro acredita que é fundamental as mulheres começarem a prestar mais atenção em si mesmas, reconhecendo a existência de um corpo físico, mental, emocional e espiritual. É sobre perceber o que faz sentido na vida de cada uma e quais conexões são relevantes.
“Sintam o corpo de vocês, percebam o que ele está falando com vocês. Conectem com a sua intuição, façam as pazes com a energia da sexualidade, acolham todas as suas dores e busquem ajuda, para quem precisa. O autoconhecimento nos liberta, nos faz enxergar a vida por outra ótica, mas a ótica individual, soltando o que não faz parte da gente”, diz. “Feliz Dia da Mulher, e dia da mulher são todos os dias, precisamos reconhecer essa força da mulher nessa sociedade que ainda é paternalista e machista. É hora de nos conectarmos com uma sociedade matrifocal”.
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