Após 11 anos sem subir aos palcos da capital baiana, Denise Fraga chega à cidade para uma curta temporada de “Eu de Você”, que está em circulação pelo Norte e Nordeste do país. Idealizado e criado pela própria atriz junto ao produtor José Maria e o diretor Luiz Villaça, o espetáculo mostra histórias reais costuradas com pérolas da literatura, música, imagens e poesia. O que seria de nós se pudéssemos ser eu de você e você de mim, deixando-nos atravessar por nossas experiências? Esta é a pergunta-chave da peça, que afirma a urgência de ver o outro, olhar pelo olhar do outro.
As apresentações serão nos dias 7, 8 e 9 de fevereiro, sexta e sábado às 20h, e domingo às 18h, no Teatro Faresi (Ondina), com medidas de acessibilidades disponíveis. Ingressos variam de R$ 20 a R$ 140 e estão à venda pela Sympla [acesse aqui].
“Que seria de nós sem os poetas? E o que seria deles sem a vida comum? É dessa mistura que surge a ideia de nosso ‘Eu de Você’. O que tem em comum a Cris, o Paulo Leminski e o Zezé di Camargo? Tchekhov, eu e Francisco? Pelo que a avó do Felipe estava chorando enquanto os Beatles compunham mais uma canção? O que fará o Wagner quando ouvir o que Chico Buarque fez com o seu também coração partido?”, descreve Denise Fraga. “Costumo dizer que a arte ajuda a gente a viver, que quem lê Dostoievski e Fernando Pessoa, no mínimo, vai sofrer mais bonito. Porque sofrerá com companhia, sofrerá com a cumplicidade dos poetas. Entenderá que fazemos parte de algo maior, que pertencemos à roda da humanidade, seus dilemas eternos e sua fatídica imperfeição”, completa a atriz.
O humor cotidiano leva o público a rir das situações corriqueiras. A gargalhada costuma ser uma arma poderosa que consegue ampliar a consciência, a sabedoria e a reflexão. Embora seja um solo, a atriz está acompanhada de personagens inspirados em histórias reais, além de diversos artistas de grande reconhecimento, tecendo um bordado de vida e arte.
“O desafio deste espetáculo é o de ressignificar nossa obra a cada tempo, promover encontros, com afeto e presença. Contando histórias reais, rompendo a fronteira entre palco e plateia, fato e ficção, pedaços de vida embalados pela arte, pretendemos ampliar o nosso teatro para uma real experiência de empatia”, conclui Denise, que canta mais de 10 canções na peça, entre elas “Cordão” (Chico Buarque), “Suspicious Minds” (Elvis Presley) e “Yolanda” (Chico Buarque e Pablo Milanés).
O espetáculo é apresentado pelo Ministério da Cultura e Bradesco Seguros e foi realizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura e Governo Federal.