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Debaixo de chuva, MST chega a Salvador e ocupa prédio do Incra com 3,5 mil famílias
O grupo saiu de Feira de Santana.
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RedaçãoO Movimento dos Trabalhadores Rurais (MST) chegou a Salvador nesta segunda-feira (18), debaixo de chuva, após oito dias de caminhada de mais de 100 km. O grupo ocupou a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) com mais de 3,5 mil famílias.
A pauta de reivindicação do movimento será entregue ao governo estadual e ao superintendente regional do órgão federal, Paulo Emmanuel Macedo de Almeida Alves. Entre as demandas estão realizações de vistorias nas áreas prioritárias e identificadas pelos trabalhadores para resolver as demandas das famílias acampadas e desapropriação e imissão de posse imediata de mais de 100 processos paralisados.
Ainda na pauta de reivindicações há a regularização imediata de todas as famílias pendentes no Sipra, em 71 assentamentos. O MST também pede o pagamento imediato do crédito habitação, instalação, créditos de apoio, fomento para os P.A. aptos, abertura de 100 poços artesianos e instalação de sistema de abastecimento de água, abertura e limpeza de aguadas em 85 áreas de assentamentos, além de recuperação de 1.440 km de estradas. Também há questões referentes à educação, como aprovação dos cursos apresentados pelo colegiado no Pronera.
Conforme os dirigentes nacionais do MST, Evanildo Costa e ‘Liu’ Durães, o movimento segue com a programação durante toda a semana. “Foram atos políticos, plantio de árvores e diálogos por onde passamos. O apoio da sociedade é fundamental, chegamos à capital sob chuva e animação e a força do povo Sem Terra impressiona. Essa jornada de lutas de abril segue com as homenagens aos que tombaram em Eldorado dos Carajás e acontece em todo o país. Na Bahia, estamos unidos por reforma agrária e ‘Fora, Bolsonaro’”, apontam os dirigentes. “Vamos continuar com a pauta por alimentos saudáveis, denunciar a paralisação das políticas públicas para o campo e o crescimento dos índices de violência contra os trabalhadores”, completam.
O deputado federal Valmir Assunção (PT), parlamentar ligado ao movimento, esteve na caminhada.
“Esse é o oitavo dia da nossa marcha da reforma agrária popular por ‘terra, teto e pão’. Chegamos em Salvador após mais de uma semana de caminhada de Feira de Santana à capital para apresentar uma pauta ao Governo do Estado e negociar com a gestão para aumentar a produção de alimentos no estado. Também caminhamos para denunciar o esvaziamento das funções do Incra, a fome, a pobreza, e isso tudo causado pelo governo Bolsonaro. Esse presidente não tem condições de governar o país. Ele abandonou as políticas públicas, aumento do desemprego, da fome, da miséria, e por isso estamos nas ruas para gritar ‘Fora, Bolsonaro’ e lutar pela reforma agrária”, reforçou Valmir.
“Falta a terra, pois chuva o MST enfrentou demais esses dias. Foram 110 km de caminhada e já estamos em Salvador. Marchamos pela reforma agrária. Salve Eldorado dos Carajás, viva aos companheiros que tombaram. São os nossos heróis! É por isso que marchamos pela reforma agrária e por um Brasil melhor”, frisou a pré-candidata a deputada estadual Lucinha Barbosa (PT).
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