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Contra a reforma da Previdência, trabalhadores vão às ruas e fecham comércio de Camaçari
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Mirelle LimaManifestantes de todo o país foram às ruas nesta sexta-feira (14) protestar contra a reforma da Previdência. Em Camaçari, diversas centrais sindicais aderiram ao movimento e organizaram protestos em vários pontos da cidade. A partir das 5h, vias de acesso às principais empresas da cidade foram bloqueadas, o que paralisou o setor industrial do município.
No decorrer da manhã, os manifestantes seguiram pelo Centro convencendo que o setor comercial aderisse à greve. A concentração inicial ocorreu na Praça Desembargador Montenegro, onde representantes sindicalistas convocaram os trabalhadores da cidade para a manifestação.
O presidente do Sindicato dos Comerciários (Sicomércio), Nildo Santana, enfatizou que o movimento é uma luta coletiva em prol de todos os trabalhadores do país e que pretendem conscientizar sobre o que é a reforma da Previdência.
Nesta quinta-feira (13) foi apresentado o relatório da reforma na Câmara dos Deputados. Entre os pontos principais, está a idade mínima de aposentadoria para o trabalhador urbano, que seria de 62 anos para mulheres e de 65 anos para homens, com tempo mínimo de contribuição de 20 anos para homens e 15 anos para as mulheres.
Para o presidente do Sindicato dos Borracheiros do Estado da Bahia (Sindborracha), Josué Pereira, é importante que a classe trabalhadora se una aos sindicatos para barrar a reforma da Previdência.
O relatório também aponta a idade mínima de aposentadoria para professores do ensino infantil, fundamental e médio, que devem ser de 57 anos para mulheres e 60 anos para homens.
A presidente do Sindicato de Professores da Rede Pública Municipal de Camaçari (Sispec), Márcia Novaes, afirmou que o ato tem objetivo de conscientizar a classe trabalhadora de que a reforma da Previdência será prejudicial. “A importância desse ato é a gente conseguir conscientizar a classe trabalhadora dessa reforma nefasta que está vindo aí, o governo Bolsonaro está tentando enganar a classe trabalhadora dizendo que essa reforma é boa, mas essa reforma é extremamente prejudicial à classe trabalhadora”, explicou.
O movimento também contou com a participação de políticos da cidade. O vereador Jackson Josué (PT), parabenizou os partidos de esquerda e os movimentos sindicais pela organização do ato e ressaltou que os pontos da reforma da Previdência irão prejudicar a população.
O vereador José Marcelino (PT), lamentou que não há mais trabalhadores aderindo ao movimento e destacou que essa é uma luta pelos direitos dos brasileiros. “Essa luta aqui discute a questão da reforma da Previdência, da educação, da saúde, da perca de direitos humanos pro país, da nossa invasão à aquilo que é mais valioso para a sociedade, que é o direito do homem e da mulher, a homofobia, o racismo, então essa luta é importante pra todo mundo. É uma pena que essa praça não esteja cheia de trabalhadores na verdade, porque esse dia 14 é para fortalecer a nossa união, contra esse Bolsonaro que quer destruir o que temos de mais valioso, o nosso país”.
O movimento contou com cerca de 100 pessoas. Após a concentração, os manifestantes seguiram para as principais ruas do comércio de Camaçari e provocaram o fechamento de diversas lojas.
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