A presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) acionará o Conselho de Ética da Casa para analisar o caso do deputado estadual Binho Galinha (PRD), alvo de um mandado de prisão e apontado pela Polícia Federal (PF) como líder de uma organização criminosa com atuação em Feira de Santana.
Em nota assinada pela presidente Ivana Bastos (PSD), nesta quarta-feira (1), a Casa informa que ainda não foi formalmente comunicada sobre o caso. “Assim que a Casa Legislativa for oficialmente notificada, adotará as medidas internas cabíveis, em observância à Constituição, às leis e ao Regimento Interno”, diz trecho do comunicado.
“Assim que houver ciência oficial, o Conselho de Ética será acionado para analisar o caso de forma objetiva. A Alba permanecerá atenta para que todas as tramitações ocorram com transparência, imparcialidade e respeito ao Estado de Direito”, afirmou a presidente, em nota.
Nesta manhã, uma operação conjunta do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), Receita Federal e pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) e da Corregedoria da Polícia Militar, cumpriu mandados de prisão preventiva contra 10 pessoas e 18 mandados de busca e apreensão em Salvador e Feira de Santana.
Ainda foram bloqueados R$ 9 milhões das contas bancárias dos investigados e a suspensão de atividades econômicas de uma empresa, em cumprimento à decisão expedida pelo Juízo da 1ª Vara Criminal de Feira de Santana.
A operação investiga a atuação de uma organização criminosa envolvida em crimes como lavagem de dinheiro, jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada, comércio ilegal de armas e associação para o tráfico. De acordo com as investigações, mesmo sob medidas cautelares, o parlamentar manteve a liderança do grupo, utilizando empresas de fachada e “laranjas” para movimentar recursos.
A operação é um desdobramento da “Operação El Patrón”, deflagrada em dezembro de 2023, que já resultou em denúncias do MP-BA contra 15 pessoas, incluindo o deputado e familiares.







