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Com ruas cheias e saudosismo, Monte Gordo abre as comemorações dos 264 anos de Camaçari
Após dois anos, desfile cívico foi realizado neste sábado (10).
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Camaçari completa 264 anos de emancipação política em 2022 e as comemorações do aniversário da cidade, celebrado em 28 de setembro, já começaram com o tradicional desfile cívico de Monte Gordo neste sábado (10). Apesar do clima chuvoso, as arquibancadas estavam cheias e a comunidade compareceu em peso ao evento, junto com grupos culturais, escolas e políticos.
Novamente, a Sociedade Filarmônica 28 de Setembro abriu o desfile embalando o público com sucessos da música baiana e brasileira, como “Homem não chora” e o tema de abertura do seriado “A Grande Família”. Além disso, o grupo entoou composições cívicas, a exemplo dos hinos do Brasil e de Camaçari que fizeram parte da cerimônia de hasteamento das bandeiras, e a canção “Fibra de Herói”.
Para o prefeito Elinaldo Araújo (União) este é o momento de matar a saudade das tradições de Camaçari e do povo poder estar na rua novamente após o período grave da pandemia de Covid-19, ainda mais em um ano eleitoral. “Então, aqui nesse grande evento cultural é momento de reflexão”.
Elinaldo adiantou que como parte da programação do mês de aniversário da cidade, algumas obras deverão ser entregues.
Assista:
Este ano, a Prefeitura de Camaçari definiu como tema das celebrações “Reimaginar o Futuro Presente Juntos – Camaçari 264 anos” e em Monte Gordo, cerca de 1.200 estudantes, de cinco unidades escolares da região, participaram da festividade. Eles trouxeram para o desfile temáticas em torno da valorização da ciência e da vacina, do respeito às diferenças e à vida, e debate sobre a sustentabilidade.
“O desfile é um patrimônio imaterial, ele é um patrimônio das pessoas e das famílias. Então, essa é uma oportunidade de estarmos todos juntos depois de uma pandemia, com essa temática que é reimaginar o futuro presente de Camaçari juntos”, comentou a secretária da Educação de Camaçari, Neurilene Martins.
Assista:
A unidade escolar mais antiga de Monte Gordo, a Escola Municipal Aloísio de Oliveira levou para a rua o tema “Plante uma ideia de sustentabilidade”. “O intuito de estar aqui hoje é em respeito à minha comunidade, celebrando juntamente com os pais, com todas as crianças, é isso que me dá alegria”, frisou a gestora da escola, Alane da Silva Moura Correia, 40 anos.
“Desde o primeiro momento até este momento aqui é uma alegria, é festa na escola. Desde o momento da confecção na escola, quando os pais vão para a escola confeccionar junto conosco, os ensaios, tudo isso é motivo de grande alegria. Os alunos estão aqui realmente porque querem estar aqui, nada é forçado, é a alegria de estar aqui mesmo, presente para celebrar junto com a comunidade”, finalizou.
O Centro Educacional Senhor dos Passos abordou a ciência, cultura e tecnologia. Na opinião da diretora da unidade, Alga Borges, 52 anos, depois de dois anos do cancelamento do desfile devido à pandemia de Covid-19 foi possível perceber uma forte adesão do público. Borges ainda ressaltou como é fundamental a participação dos alunos nesse processo.
“É importante porque as crianças participam desde o início, de quando o projeto foi escrito, até a culminância que é hoje, que de certa forma é um momento que a gente passou muito difícil de pandemia e estamos voltando às ruas com toda a garra, toda felicidade, toda alegria”, ressaltou.
A aluna Íris Gabriele Queiroz, 10 anos, reforçou a fala da diretora ao dizer que estava ansiosa pelo evento. “É muito bom, muito demais”, definiu. Desfilando pela segunda vez, a menina veio como ginasta.
Na parte cultural, a Banda Marcial Joana Angélica (Bamaja), sediada no bairro do Mangueiral e com 11 anos de história, participou pela segunda vez do desfile de Monte Gordo. O presidente e regente do grupo, Luciano Oliveira, 29, traduziu o momento como uma satisfação estampada nos rostos dos componentes da Bamaja.
“É muita alegria, foram dois anos parado”, disse. “É uma sensação de recomeço, foi muito tempo parado, então acaba que a gente tem que reaprender tudo, a maioria deles já fazia parte da banda, mas alguns são novos”, complementou.
Outros grupos culturais também abrilhantaram o desfile: Capoeira Zambiacongo, Capoeira Ligueira, Regional Bimbaê e Berimbau Arte. O Grupo de Cultura Popular Espermacete fez o samba de roda marcar presença e a mestra Nildes, 61 anos, figura emblemática da cultura de Camaçari, comemorou a participação em mais um desfile e a receptividade do público.
“A emoção é muito grande, depois de muito tempo a gente sem ter uma atividade com essa pandemia aí e tudo mais, a nossa sensação hoje é de alegria, é de muita felicidade”, disse.
Morador de Monte Gordo, líder comunitário e estreante no desfile como vereador, Manoel Jacaré (PSDB) destacou a relevância da localidade retomar o calendário tradicional de festividades. “O desfile de Monte Gordo é uma sequência de atividades cívicas do aniversário de Camaçari, da independência do Brasil e hoje eu me sinto muito orgulhoso de estar realmente participando desse desfile aqui”, falou.
Assista:
O vereador Vaninho da Rádio (União) parabenizou o empenho da gestão municipal para a retomada das atividades cívicas do mês de setembro e defendeu que manter o desfile em Monte Gordo é também preservar as raízes da história do município.
Assista:
Também presente, o presidente da Câmara Municipal de Camaçari, o vereador Júnior Borges (União), reforçou a simbologia do evento e diante das reflexões sobre o futuro da cidade, disse que é preciso pensar na continuidade do crescimento em diversas áreas, como educação e saúde.
Assista:
Acompanhada dos dois filhos, Pedro Henrique de 7 anos e Luís Felipe de 8 anos, a moradora de Monte Gordo, Jucilene Lu, 42 anos, foi prestigiar o samba de roda. “Nasci e me criei com eles”, ressaltou. “Lindo demais, está muito bonito. É uma maravilha, lindo demais. Monte Gordo precisava de um desfile melhor do que esse, mas está melhor do que no outro ano”, analisou.
Residente na localidade há pouco mais de um ano, Robeilson de Jesus Santos, 29 anos, achou interessante o engajamento dos jovens, o trabalho das escolas e a participação das famílias no desfile.
“Primeiramente agradecer a prefeitura pela realização do desfile cívico, é um momento realmente que nós precisamos para toda a comunidade, não só escolar, mas para toda comunidade local. Eu estou achando um máximo, as escolas, apresentações fantásticas, os grupos culturais que estão presentes e os movimentos políticos que também acontecem, mas a gente sabe que é o momento. Estou achando incrível”.
No próximo domingo (18), será a vez de Vila de Abrantes sediar o desfile cívico em comemoração aos 264 anos de Camaçari. As celebrações encerrarão no dia 28 de setembro, com o desfile na Avenida 28 de Setembro (antiga Radial A).
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