De acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), tendo como base em investigações do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-BA), neste ano a Bahia já confirmou 38 casos de Mpox, doença anteriormente conhecida como varíola dos macacos e causada pelo vírus Mpox, transmitido através de animais silvestres, a exemplo de roedores.

Ainda conforme a pasta, desde 2022, em nível global, existem registros de 99.176 casos confirmados e 208 óbitos. No Brasil, são 11.212 casos e 16 óbitos e na Bahia, 215 casos confirmados, sem óbitos. Um dos casos foi registrado em Ilhéus, no sul da Bahia. Atualmente, dois casos suspeitos estão em investigação, e 21 dos pacientes infectados residem na capital.
No estado, outros 11 municípios registraram casos da doença, a exemplo de Camaçari, Candeias, Mata de São João e Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), bem como em Vitória da Conquista, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Guanambi, Ilhéus, Sátiro Dias e São José do Jacuípe.
Os números surgem após alertas da Organização Mundial da Saúde (OMS), que identificou uma variante mais perigosa do vírus (variante 1b), aumentando a taxa de letalidade na África Central. Além disso, a Opas salientou a circulação de uma nova variante do vírus MPXV nas Américas.
No entanto, apesar da gravidade da declaração da OMS, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, enfatiza que, no momento, o Brasil não enfrenta uma situação alarmante. “Não há motivos para alarme, mas sim para alerta”, afirma. A prioridade, de acordo com ela, é manter a vigilância e implementar medidas preventivas para evitar a propagação do vírus.
O Ministério da Saúde aleta que os principais sintomas da Mpox são erupções cutâneas, linfonodos inchados, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fraqueza. O período de incubação do vírus varia de três a 16 dias, e a transmissão deixa de acontecer após o surgimento das erupções na pele.