O município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), alcançou o número de 205.865 pessoas aptas a votar no dia 6 de outubro. Em maio, a cidade já tinha ultrapassado a marca de 200 mil eleitores e, com isso, entrou na lista, ocupando a quarta posição, das localidades baianas que poderão protagonizar um eventual segundo turno no dia 27 de outubro, conforme as mudanças nas regras estabelecidas pela Lei das Eleições n.º 9.504/1997.
Esse crescimento de votantes tem reflexos no índice populacional, que atingiu a marca de mais de 300 mil pessoas, conforme o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2023. De acordo com a última atualização feita pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), realizada neste mês de julho, nos últimos anos houve um crescimento progressivo do eleitorado, no que se diz respeito à identificação de gênero.
O público feminino prevalece como maioria, com percentual de 54%, equivalente a 111.094 de mulheres. O cenário demonstra uma mudança significativa na participação das mulheres na política local, sinalizando uma tendência de empoderamento e maior influência nas decisões políticas. Esse aumento da diversidade no eleitorado exige dos candidatos e partidos uma maior sensibilidade e compromisso com políticas inclusivas e representativas.
No que se refere ao eleitorado masculino, ele representa 46%, que resulta em 94.771 de homens. Quanto ao cisgênero (associado socialmente ao sexo biológico), a soma reúne 7,63%, que representa 15.699 do eleitorado. Além disso, também há o registro de que 90 eleitores e eleitoras escolheram o nome social (designação pela qual a pessoa se identifica e é socialmente reconhecida) como identificação.
Já o número de eleitores distribuídos por faixa etária, encontra-se na seguinte ordem: 45 a 59 anos; 35 a 44; 25 a 34; 60 a 69; 21 a 24; 18 a 20; e superior a 79 anos. No quesito classificação de cor e raça, 180.121 (87,49%) não informaram; seguido de 14.693 (7,14%) pessoas que se declararam como parda; 7.350 (3,57%) como pretas; 3.404 (1,65%) se consideram brancas; 251 (0,12%) como amarelas; e 46 indivíduos (0,02%) como indígenas. Sobre o eleitorado com deficiências (tipo: auditiva, visual, de locomoção, dificuldade para o exercício do voto, e outros), a soma representa 2.028 cidadãos.
Ao considerar o nível de escolaridade do eleitorado municipal, 79.225 (38,48%) possuem ensino médio completo; 40.057 (19,46%) ensino fundamental incompleto; 38.112 (18,51%) ensino médio incompleto; 15.952 (7,75%) superior completo; 10.481 (5,09%) superior incompleto; 10.223 (4,97%) ensino fundamental completo; 9.258 (4,50%) lê e escreve; e 2.557 (1,24%) são analfabetos.
Sobre as zonas eleitorais, Camaçari abriga duas, que são: a 170ª, composta por 96.035 eleitores, distribuídos por 251 sessões, e 28 locais de votação; e a 171ª, que contém 109.830 pessoas cadastradas, 294 sessões, e 38 locais de votação. Juntas, resultam em 545 sessões, e 66 locais de votação.
Ainda com dados do TSE, nas cinco últimas eleições, a cidade abarcava os seguintes quantitativos de eleitores: em 2022, o número era de 191.507; em 2020, 179.126; em 2016, 158.125; e em 2012, 146.187.
Vice-prefeita negra
As eleições de 2024 na cidade também poderão resultar em uma vice-prefeita negra, um grande avanço no quesito de representatividade de mulheres negras em chapas majoritárias que tem se consolidado no Brasil.
No ‘time azul’, para além do nome do pré-candidato Flávio Matos (União), ganha destaque a presença da Professora Angélica (Progressistas), mulher negra e vereadora da cidade. No campo da oposição, a candidatura do ex-prefeito Luiz Caetano (PT) traz consigo um ar de mistério. Muito se fala da necessidade de uma mulher negra na composição majoritária, e há quem diga que tem ganhado força o nome de Vitalina Silva. Servidora de carreira do município, professora da Escola Maria Quitéria, Vitalina ganhou projeção nacional sendo ganhadora do prêmio LED, da TV Globo. A convenção partidária petista está marcada para acontecer no sábado (27).