O fechamento da Ford em Camaçari, anunciado pela empresa nesta segunda-feira (11), causará um prejuízo na arrecadação do município em cerca de R$ 150 milhões ao ano, entre ISS e ICMS, o que equivale a mais de 10% da arrecadação total da cidade.
O impacto econômico no município a partir do encerramento das atividades no polo automotivo ainda é incalculável. Há quase 20 anos, o Complexo Ford movimentava uma cadeia produtiva que envolvia dezenas de empresas, milhares de trabalhadores, fomentava o comércio e o setor de serviço da cidade.
Os recursos financeiros que deixam de circular no município, a inadimplência de empresas e o aumento do desemprego ampliam as preocupações do governo. Nesse sentido, a gestão municipal já avalia priorizar, imediatamente, projetos que garantam a atração de novas indústrias, além de pequenas e médias empresas para minimizar os danos causados pela saída da montadora.
A união entre Município e Estado é fundamental para acelerar a recuperação econômica da região a partir da implantação de novos investimentos. O grande desafio será colocar as divergências políticas de lado e trabalhar rápido para que a crise não seja agravada ainda mais.
Prefeito, vereadores, governador, deputados e senadores têm a obrigação de unir forças em prol de Camaçari, da Bahia e do Brasil. Chega de discurso, é hora de agir!

Lenielson Pita é jornalista e editor do Destaque1.