Política
Com estreia de ‘quadro’ nas redes sociais, Ara Brasil reflete sobre empoderamento feminino
Candidata a vereadora em Camaçari, ela defende a necessidade de mulheres atuando na Casa Legislativa.
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Mariane Sena“Eu espero que nessas eleições a Câmara de Vereadores seja mais representativa e, nesse sentido, precisamos de mais mulheres eleitas”. A frase é da candidata a vereadora em Camaçari Ara Brasil (PT). Nesta semana, a médica veterinária e militante estreou em suas redes sociais um quadro de ‘perguntas e respostas’ que visa debater demandas de grande relevância social, através de questionamentos pautados pelos seguidores. O primeiro assunto abordou a temática: ‘a importância do empoderamento feminino’.
Ao Destaque1, a candidata reforçou que, apesar de ser maioria em números, a presença feminina na prática, na tomada de decisões, ainda é uma realidade destoante. “Somos mais de 50% da população, e isso não se reflete nos espaços de decisão da cidade, e muito menos na Câmara de Vereadores, que elegeu apenas uma mulher como vereadora, tendo por um determinado tempo duas mulheres como vereadoras”, avalia Ara ao se referir a Fafá de Senhorinho (União), bem como à atual candidata a vice-prefeita Professora Angélica (PP).
Neste processo eleitoral, até a presente data, dos 289 nomes confirmados pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), 89 correspondem a mulheres que buscam uma cadeira na Casa Legislativa. Já no que diz respeito ao eleitorado, conforme dados atualizados em 25 de julho, o público feminino no município prevalece na liderança, com 54%, o que corresponde a 111.094 mulheres aptas a votar no dia 6 de outubro.
“Para além de ser mulher, a representante da Câmara Legislativa precisa construir pautas que tragam voz e legitimidade para as mulheres em suas mais distintas realidades. As violências contra as mulheres é uma realidade latente, inclusive no âmbito institucional. As opressões de gênero silenciam milhares de mulheres diariamente”, pontua.
Ainda conforme a candidata, “a forma de mudar essa realidade é empoderando mulheres que sejam capazes de dar voz a outras mulheres, além de construir e pautar políticas públicas de emancipação e proteção para mulheres, combatendo a desigualdade social”, acrescenta. Ara Josefina Silveira Brasil tem 34 anos e é mãe de duas meninas, Isa e Laura.
Mulheres na política
Desde 15 de novembro 1889, período que marca o início da República, o Brasil teve apenas uma mulher à frente da presidência, Dilma Rousseff (PT), eleita pela primeira vez em 2010. Para além disso, o país registra ainda 16 governadoras mulheres, sendo que, destas, só oito foram efetivamente eleitas para composição do cargo. No âmbito da Câmara dos Deputados, a formação atual é representada 80% por homens. Em números, são 423 homens e 90 mulheres.
Na Bahia, de acordo com o TRE-BA, nas eleições municipais de 2020, 16% das candidaturas foram de mulheres. Com isso, dos 417 municípios do Estado, 55 são administrados por elas (13,19% do total de prefeituras).
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