Com o objetivo de celebrar e homenagear o protagonismo feminino de diferentes gerações, formações e modos de produção nas artes circenses brasileiras, principalmente na Bahia, o Circo Picolino será picadeiro para a “A Noite do Tapete Vermelho”, a ser realizada no dia 26 de outubro, a partir das 19h, uma cerimônia com apresentações de performances artísticas, desfiles, poesia, teatro e muita arte circense.
A noite celebrativa terá um grande espetáculo circense chamado “A Mulher do Circo – A Noite do Tapete Vermelho”, com direito a uma banda totalmente feminina, curadoria e direção artística de Luana Tamaoki Serrat (atual gestora do Circo Picolino) e cocriação das artistas circenses Verônica Tamaoki, Nina Porto, Nana Porto e Wilma Macêdo, que também assumem a produção do projeto. Já a direção musical é de Viva Varjão. Com uma composição cenográfica que trará uma grande passarela-picadeiro, o evento contará com acessibilidade em Libras.
Ocorrerá ainda um grande desfile com as artistas e mestras do circo homenageadas na noite: Maria José Aurora Calado, a Dona Zeza, fundadora, ao lado do marido, do Circo Marco Polo; Valnice Augusto Nascimento, mais conhecida como Baianinha; a Dona Cida, Maria Aparecida França, nascida no circo e fundadora do Circo Dallas; Norma Sueli Cardin dos Santos, que fundou o Circo Jamaica junto com o seu marido, em 1980; Jucineide Conceição Silva, a Dona Neide, que cresceu no circo e foi contorcionista, trapezista, fez força capilar e uma excelente rumbeira.
Outra homenageada é Maryanne Dultra B. Galinski, ou somente Meire Galinski, fundadora do Ponto de Cultura Escola Circo do Capão, companheira do mestre de acrobacia Jean Paulo Galinsk (Paolo). Mestra de cena, escada copal, rumba e atualmente administradora do Circo Starlone, a artista circensa Francineide Queiroz é outra mestra homenageada. Com 62 anos de história no circo, Maria Lucia Cardoso Silva, hoje com 77 anos, também terá sua história celebrada.
A “Mulher do Circo – Bahia” evidencia ainda a vida e obra de Odre Consiglio, estrela do Circo Garcia e que atuou como atriz circense, dançarina, coreógrafa, figurinista, performer em pirofagia, dança com a serpente, partner de mágico e domador, chicotes, trapezista, pole dance e bambu. O projeto vai homenagear também Katia Neide, artista com mais de 40 anos de circo. Outra mestra é Marlete Fernandes, nascida e criada no circo, fez corda, trapézio, contorção, comédia, drama e hoje administra junto com o filho o Circo Big Brother.
Além das mestras, diversas artistas circenses também farão parte da celebração. Haverá trapezistas equilibristas, malabaristas e acrobatas. Todas as mulheres do circo, tanto da capital quanto as que percorrem a Bahia e mundo afora. Muitas delas integram o elenco do espetáculo “A Noite do Tapete Vermelho”: Ninha Almeida, Iracema Lima, Carol Guedes, Julie Kappa, Jéssica Rodrigues, Andressa Fernandes, Lara Böker, Luisa Bocca e Larissa Uerba (ambas do Nariz de Cogumelo), Pauline Zoe, Hellem Shenayder, Nina Porto, Nana Porto, Luana Tamaoki Serrat, Wilma Macedo e Verônica Tamaoki.
Revista
“A Mulher do Circo – Bahia” tem como inspiração projeto desenvolvido pelo Centro de Memória do Circo (CMC), de São Paulo, com o intuito de preservar a rica história do circo no Estado, destacando o papel fundamental desempenhado pelas mulheres nesse setor. “Por meio da celebração de suas conquistas, esperamos inspirar futuras gerações no mundo circense, honrando e valorizando a herança cultural feminina do circo da Bahia”, destaca Verônica Tamaoki, idealizadora do projeto e coordenadora do CMC (São Paulo). Vale destacar que Verônica é a criadora, ao lado de Anselmo Serrat, do Circo Picolino, picadeiro que é patrimônio cultural da capital baiana.
Além da noite comemorativa, o projeto “A Mulher do Circo – Bahia” lançará em dezembro de 2024 uma revista que reúne mulheres de diferentes gerações, formações e modos de produção circense. Na primeira edição, a publicação, que terá versões impressa e virtual, trará artigos sobre temas relacionados ao universo feminino circense, entrevistas e perfis sobre as artistas homenageadas. A direção de pesquisa e responsável pela linha editorial da revista é Verônica Tamaoki. Já o projeto gráfico é de Virgínia Yoemi Fujiwara, designer que faz parte da história do Picolino, desenhando algumas das marcas que imortalizam esse Circo.
O projeto “A Mulher do Circo – Bahia” foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, governo federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.