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Cinema: Marighella mantém viva história de luta dos brasileiros contra a ditadura militar
Confira resenha do Destaque1 sobre o filme.
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Mirelle LimaO Destaque1 foi convidado para assistir ao filme Marighella em sessão exclusiva para a imprensa nesta segunda-feira (25). O longa, que marca a estreia de Wagner Moura como diretor, é protagonizado por Seu Jorge e conta com nomes como Bruno Gagliasso, Humberto Carrão, Adriana Esteves, Luiz Carlos Vasconcelos e Bella Camero no elenco.
O filme retrata os últimos anos de vida do político combatente baiano Carlos Marighella ao liderar um grupo de guerrilheiros contra a ditadura militar no Brasil. A cinebiografia é baseada no livro “Marighella: O Guerrilheiro que Incendiou o Mundo”, de Mário Magalhães. A obra chega aos cinemas no dia 4 de novembro, data que marca 52 anos do assassinato de Marighella.
“Uma ideia não pode ser assassinada”. Essa foi uma das frases ditas por Marighella ao seus companheiros de luta durante suas reuniões, e representa o espírito que o público encontrará durante todo o filme, que mostra o guerrilheiro em momentos no Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.
A atuação extraordinária de Seu Jorge apresenta as diversas camadas de Marighella. O líder revolucionário, o pai amoroso, o amigo leal e o brasileiro que sonhava e lutava por dias melhores para o povo.
Do outro lado da história, Bruno Gagliasso surpreende ao interpretar o delegado Lúcio, principal inimigo de Marighella. Bruno transmite toda a frieza dos atos violentos e é capaz de fazer o público sentir a raiva à flor da pele.
A censura à imprensa, a repressão aos educadores e as torturas sofridas pelos opositores são expostas no filme, que de acordo com o diretor Wagner Moura, objetiva homenagear todos aqueles que resistiram contra a ditadura no Brasil.
A fotografia impecável e, de certa forma, poética, se une à trilha sonora que conta com vozes como as de Elza Soares, Chico Science e Nação Zumbi, fazendo do filme uma experiência ainda mais especial.
Após dois anos da data inicial de estreia, adiada pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) diversas vezes, o filme chega ao Brasil após aclamação no exterior.
Marighella já passou por festivais em cidades como Berlim, Seattle, Hong Kong, Sydney, Santiago, Havana, Istambul, Atenas, Estocolmo e Cairo, com exibições em países dos cinco continentes. O Teatro Castro Alves (TCA) sediou nesta segunda-feira (25) a pré-estreia oficial do filme, com a presença do elenco e convidados.
Quem foi Mariguella?
Carlos Marighella nasceu em 5 de dezembro de 1911, em Salvador. Filho do italiano Augusto Marighella e de Maria Tereza Marighella, cujos ancestrais foram escravizados, cresceu influenciado por ideias anarquistas. Através dos estudos, se aproximou da escrita e ficou conhecido na escola após responder uma questão de física com um poema.
Em 1932, ele foi preso pela primeira vez ao participar da ocupação da Faculdade de Medicina da Bahia contra a ruptura constitucional de Getúlio Vargas. Ao ser solto, se filiou ao Partido Comunista do Brasil (PCB), que na época possuía apenas cerca 20 de militantes. Em 1935 se tornou dirigente nacional do partido, e em 1946, Marighella foi eleito deputado federal.
Com a instauração da ditadura militar no Brasil no dia 31 de março de 1964, Marighella acreditava que a melhor opção era uma luta armada contra os militares. No entanto, o PCB defendia uma resistência pacífica. Em 1967 Marighella foi expulso do partido e se uniu a outros ex-militantes para liderar um grupo de resistência através da luta armada. O movimento realizou assaltos a bancos e quartéis com o objetivo de se financiar, manter suas armas e convocar a população para a luta contra a ditadura militar. Carlos Marighella foi morto vítima de uma emboscada no dia 4 de novembro de 1969.
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