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Cardiologista alerta para o aumento de doenças cardiovasculares na pandemia
O aumento é previsto por conta de uma vida mais sedentária durante o período de isolamento social.
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RedaçãoO Dia Mundial do Coração tem sua data oficial comemorada no dia 29 de setembro. No entanto, todo o mês é utilizado para discutir ainda mais sobre a saúde desse órgão tão importante para a vida. As doenças cardiovasculares estão relacionadas a problemas no sistema que garante a circulação de sangue por todo o corpo e também pela distribuição de oxigênio e nutrientes. Segundo dados de 2019 da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mais de 289 mil brasileiros morreram em decorrência dessas patologias.
A cardiologista e ecocardiografista pediátrica, Naiara Galvão, que integra a equipe médica da Singular Medicina de Precisão, prevê um aumento no número de pessoas com problemas cardiovasculares neste ano devido à vida mais sedentária durante o período de isolamento social, imposto pelo novo coronavírus. “Além de promover uma vida mais sedentária por falta de espaço físico, o isolamento social levou a um impacto na saúde mental, com aumento de condições como depressão e ansiedade. Os transtornos de humor e distúrbios de personalidade aumentam o risco para pressão alta e, consequentemente, para as doenças cardiovasculares, diminuindo a adesão ao estilo de vida saudável e ao tratamento medicamentoso”, alerta.
A prática de exercício físico é fortemente recomendada para manter a saúde do coração. Porém, ainda sem vacina disponível, a recomendação da cardiologista é se adaptar à nova realidade. “Devem ser seguidas as orientações das secretarias de Saúde e Ministério da Saúde, mantendo-se os cuidados com a higiene das mãos e uso de máscara fora do ambiente domiciliar, e o mais importante de todos: evitar as aglomerações e manter o distanciamento social adequado”, recomenda.
Prevenção e tratamento
A doença cardiovascular é a principal causa de morte no Brasil e no mundo. Estão entre as mais letais: Insuficiência Cardíaca, Acidente Vascular Cerebral (AVC), Infarto do Miocárdio e Hipertensão Arterial. Há outras, menos letais e mais comuns: arritmia, angina, aterosclerose, doença vascular periférica, miocardite, endocardite e tumores.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% das mortes por doenças cardíacas poderiam ser evitadas apenas com mudanças de estilo de vida. Ficar atento ao nível de colesterol e pressão arterial, cultivar bons hábitos alimentares, seguir uma rotina de exercícios e fazer exames periódicos são cuidados fundamentais para manter a saúde do seu coração em dia. “Acrescento ainda a não ingestão de bebida alcoólica e o não tabagismo. Além disso, novas estratégias têm sido buscadas, dentre elas o reconhecimento da espiritualidade na promoção da resistência aos problemas de saúde, sendo uma ferramenta de prevenção às doenças”, diz Naiara Galvão, que alerta também para cuidados preventivos durante a infância, com promoção e incentivo ao aleitamento materno e estímulo aos hábitos de vida saudáveis.
A primeira manifestação de doença cardiovascular costuma ser um evento coronariano agudo, com ocorrência de um infarto em cerca de metade dos pacientes acometidos. Outros sintomas incluem dor e inchaço nas pernas como manifestação de doença vascular periférica e insuficiência cardíaca.
Além do estímulo à adoção de um estilo de vida mais ativo, o tratamento é voltado para controle dos fatores de riscos principais, sendo utilizados protocolos para tratamento de condições como diabetes, obesidade, pressão alta e dislipidemia, através de mudanças de hábitos alimentares e uso de medicações, quando indicadas por médico.
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