Política
Câmara de Camaçari aprova moção de repúdio ao veto de Bolsonaro para distribuição de absorventes
A moção foi apresentada pela bancada de oposição.
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Camila São JoséApresentada pela bancada de oposição, a Câmara de Camaçari aprovou na sessão desta quinta-feira (14) moção de repúdio em rejeição ao veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para distribuição gratuita de absorventes femininos a estudantes e mulheres em situação de vulnerabilidade social.
A Lei 14.214, que cria o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada com vetos no último dia 7 pelo presidente (lembre aqui).
“É vergonhoso a gente ver o nosso país, um país onde temos um laço grande de pessoas hoje passando por dificuldade. Eu acho que o presidente foi muito infeliz em estar fazendo esse papel, em estar hoje querendo prejudicar as pessoas que mais precisam nesse momento de pandemia”, criticou o vereador Vavau (PSB).
O vereador Tagner Cerqueira (PT) lembrou que o debate sobre a pobreza menstrual foi levantado também a partir da atuação da professora da rede municipal de Camaçari Edicleia Dias, que criou um banco de absorventes enquanto era diretora da Escola Municipal Cosme de Farias, para evitar a evasão escolar.
“Era um tema que não era discutido e foi Camaçari que puxou essa discussão. A professora Edicleia, ela é professora da rede municipal, diretora da Escola Municipal Luiz Pereira Costa, moradora dessa cidade, ela identificou que estudantes no período menstrual deixavam de frequentar a aula por conta da dificuldade de compra os absorventes”, sinalizou.
O petista também pontuou o anúncio feito nesta quarta-feira (13) pelo governador Rui Costa (PT) sobre o fornecimento de absorventes a partir do mês de novembro a estudantes da rede pública estadual. O programa Dignidade Menstrual vai atender a 225 mil alunas em situação de pobreza ou extrema pobreza, na faixa etária de 11 a 45 anos (saiba mais).
“Os governantes precisam ter vontade política, a exemplo do governador Rui Costa, que já anunciou para novembro o kit absorvente para as escolas estaduais. Não importa quem não fez, o seu presidente Bolsonaro cortou, vetou e o governador Rui Costa autorizou”, disparou o líder da bancada de oposição, vereador Dentinho do Sindicato (PT).
O projeto aprovado pelo Congresso em 14 de setembro é de autoria da deputada Marília Arraes (PT-PE), sob relatoria da senadora Zenaide Maia (Pros-RN). Os vetos presidenciais serão analisados pelos senadores e deputados, com data ainda indefinida.
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