Esporte
Mulheres que Lutam: camaçarienses disputarão competição de Jiu-Jitsu em Lauro de Freitas
O evento será no dia 13 de fevereiro, no Ginásio Municipal de Esportes.
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Sonilton SantosCamaçari terá oito atletas na competição de jiu-jitsu Mulheres que Lutam, em Lauro de Freitas, no dia 13 de fevereiro. O campeonato será a partir das 9h, no Ginásio Municipal de Esportes, e as camaçarienses entrarão no tatame para disputar medalhas em cinco categorias. As atletas fazem parte do Centro de Treinamento Cafofo, da Raiz Jiu-Jitsu, no bairro do Gravatá, em Camaçari.
Participarão da competição Elisama de Assis, conhecida como Zaminha, atleta graduada e faixa marrom três graus; Sarah da Silva Souza, faixa roxa; Emilly Mendes Costa, faixa azul três graus; e as crianças: Emanuelle, faixa amarela; Laurinha, faixa amarela; Rayane, faixa cinza e branca; Melyssa, faixa cinza e branca, e Lavínia, faixa branca.
No torneio organizado pela Federação Baiana de Jiu-Jitsu e Artes MMA (FBJJMMA), Zaminha lutará na categoria master peso médio; Sarah também pelo peso médio, e no absoluto; Emilly disputará pela categoria adulto, peso leve. A categoria mirim será representada por Emanuelle, Laurinha, Rayane e Melyssa. Lavínia será a única criança representante na categoria pré-mirim. Ao todo, cerca de 200 participarão do evento.
Tetracampeã baiana e campeã do Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu (CBJJ) de 2019, em São Paulo, Zaminha reside no bairro do Gravatá e conta que a rotina de preparação tem sido de muito treino, comprometimento e preparação física planejada.
“A minha expectativa é de dar meu melhor, independente de resultados”, comenta Zaminha ao Destaque1, a apenas 10 dias da competição. A professora não esconde a felicidade em ver suas alunas lutando. “É sobre ter minhas alunas lutando. Nossa! A felicidade estampada de ver elas lutando”.
Bicampeã baiana, Rainha do Tatame em 2019 e atleta destaque no mesmo ano pela FBJJMMA, Emilly demonstra confiança e conta como está se preparando para o início do torneio. “Treinando bastante para vencer mais esse desafio”.
Na primeira luta com a faixa roxa, Sarah explica que o pré-campeonato é composto por ajuste de detalhes, fortalecimento da saúde mental, manutenção da saúde física e horários de treino, além da alimentação balanceada. “Minha preparação está sendo bastante treino, analisando as posições que me favorecem em uma luta, ajustando os detalhes, trabalhando bastante a mente e buscando comer em horários e de forma correta”.
São dois anos sem competir, e Sarah desceu três categorias. Além de lidar com as expectativas naturais de uma competição, o grande desafio é se adaptar a essa nova fase da carreira. “Expectativas grandes. Após dois anos sem competir, desci três categorias, e então estou me adaptando a um novo jogo, a um novo peso e estou trabalhando incansavelmente para voltar com o ouro no peso médio e absoluto”.
Lugar no esporte
Essa será a primeira vez que Zaminha participará de um evento exclusivo para mulheres. Para a lutadora, trata-se de uma questão de representatividade, espaço e conquista. “Nunca participei de competições exclusivamente para mulheres. A importância dessa competição, na minha opinião, é representatividade. O nosso caminho está sendo trilhado e depende de nós mesmas para conquistarmos cada vez mais o nosso espaço”.
Essa também será a primeira participação de Sarah nesse tipo de torneio. Para além da questão do esporte, a atleta destaca assuntos relacionados ao cotidiano feminino, como o machismo, a segurança, excesso na jornada de trabalho, saúde mental e física. Além do jiu-jitsu, a lutadora pratica mais duas artes marciais e conta que o esporte serviu como refúgio.
“Hoje nós, mulheres, vivemos em constante receio em sair, em como se vestir, em nos envolver em um relacionamento. O jiu-jitsu é uma verdadeira defesa pessoal. Além do jiu-jitsu, sou atleta de mais outras duas modalidades marciais. Recomendo e faço o possível para que outras mulheres pratiquem um tipo de luta, porque, além da defesa, também é saúde mental e física. A mulher é muito sobrecarregada, responsabilidades no trabalho, em casa, filhos, estudos. A mente fica exausta, e o jiu-jitsu ajuda muito a superação de todo e qualquer tipo de exaustão. Digo por experiência, hoje o jiu-jitsu tem sido um refúgio imenso para mim”, pontua.
Emilly também nunca participou de um evento exclusivamente feminino. Ansiosa, ela não vê a hora de começar a competição. “Nunca participei de um campeonato só para o público feminino, estou bastante ansiosa para esse campeonato. É um campeonato que vai mostrar que tem bastante mulheres no tatame, sim, e que podemos fazer tudo que tivermos vontade”.
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