Saúde
Camaçari sediará estudo epidemiológico inédito sobre impactos da Covid-19
Durante a pesquisa, que começará na segunda semana de julho, cerca de 3 mil pessoas serão entrevistadas.
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RedaçãoAtravés de uma parceria entre a Prefeitura de Camaçari, por meio da Secretaria de Saúde (Sesau), e o Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o município sediará um estudo inédito sobre os efeitos da pandemia da Covid-19 na cidade. O treinamento das equipes que participarão do inquérito ocorreu nesta terça-feira (29), no auditório do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST).
Durante a pesquisa, que começará na segunda semana de julho, cerca de 3 mil pessoas serão entrevistadas em bairros da sede e orla. “Através de um trabalho de campo, indo às residências, entrevistaremos as pessoas sobre a doença e seus efeitos, e realizaremos testes rápidos também. Será um trabalho minucioso, onde, ao final, teremos um recorte fiel sobre a doença e o vírus no município”, explica a doutora Glória Teixeira, pesquisadora na área de Epidemiologia do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA.
Entre os objetivos da iniciativa estão: estimar a soroprevalência da infecção produzida pela doença no município, de acordo com características demográficas, socioeconômicas e de saúde; identificar o padrão de difusão dos casos notificados da enfermidade e sua relação com características sociodemográficas; determinar a parcela da população que teria aderido ao distanciamento social recomendado, no curso da pandemia; analisar os efeitos da epidemia e do isolamento social na saúde mental de indivíduos, sabidamente infectados pelo Sars-CoV-2, causador da Covid-19, e na população geral.
A Sesau destaca a importância da pesquisa para a população, pois através do resultado do estudo se terá informações científicas sobre o comportamento e propagação da Covid-19 na cidade. Com isso, poderão ser criadas estratégias mais eficazes de combate ao vírus e aos efeitos causados por ele na população, além de contribuir na criação de ações de combate e de assistência à saúde.
A enfermeira lotada na Diretoria de Vigilância à Saúde da Sesau, Aline Santos, explica que “o Instituto de Saúde Coletiva da UFBA entrará com a experiência e coordenação da metodologia da pesquisa e com os testes rápidos IGG e IGM, e nós com a equipe de campo, que será composta por residentes da saúde da família que estão atuando. É uma parceria onde Camaçari só tem a ganhar”.
A Diretoria de Vigilância à Saúde da Sesau salienta que a participação da comunidade é algo ímpar para a concretização da pesquisa por entender o alcance dos resultados de um trabalho como esse para o enfrentamento da pandemia.
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