Política
Bolsonaro promete apresentar provas na próxima semana de que houve “fraude em 2014”
“Eu vou provar na semana que vem que Aécio Neves ganhou em 2014″, afirmou.
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RedaçãoO presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar o sistema de votos em urna eletrônica utilizado no Brasil há 25 anos, e disse que na próxima semana apresentará provas de que Aécio Neves (PSDB) venceu as eleições em 2014. Naquele ano, portanto, teria havido fraude quanto à reeleição de Dilma Rousseff (PT).
“Eu espero na semana que vem apresentar as provas de fraude, aqui nessa sala onde você está, para a gente falar que realmente essas eleições para o governo federal não são seguras”, declarou em entrevista à Rádio Itatiaia nesta terça-feira (20).
“Nós vamos apresentar uma fraude de 2014, do segundo turno de 2014, onde, segundo as pessoas que trabalharam em cima disso, o Aécio Neves ganhou as eleições. E isso vai ser comprovado, qualquer pessoa vai montar essa realidade”, prometeu. Ele disse que as provas serão encaminhadas para a corregedoria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas que o que valerá é a opinião pública.
O presidente disse que vai levar um “hacker do bem” para mostrar a fotografia minuto a minuto da apuração de 2014 e comprovar a suposta fraude. “Eu vou provar na semana que vem que Aécio Neves ganhou em 2014. Com um hacker meu aqui, com gente que entende de informática, com hacker do bem, demonstrando”, disse.
“Eu vou demonstrar aqui que a fotografia minuto a minuto dos votos chegando no TSE em 2014 dava Aécio-Dilma-Aécio-Dilma até o final, e sempre com a Dilma um montante um pouco maior do que o Aécio em todas as vezes. Isso é impossível de acontecer”.
Bolsonaro foi eleito por voto eletrônico em 2018, mas tem pressionado a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê a implantação do voto impresso para as eleições de 2022. A matéria está em análise na Câmara dos Deputados, com apoio de governistas, e tem sido fortemente criticada pelo presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, que alerta para a judicialização das eleições do ano que vem e reforça que nunca foi registrada qualquer fraude nas urnas eletrônicas.
“Por que o ministro Barroso e as lideranças do parlamento agora são contra o voto impresso? Fica difícil a gente entender o que está acontecendo. Nós queremos transparência, porque eleições suspeitas ou fraudadas não são eleições”, falou Bolsonaro.
O presidente chegou a declarar que pode não concorrer à reeleição, caso o voto impresso não seja aprovado. A pressão acontece diante da queda nas intenções de voto, em que aparece atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da popularidade diante da gestão da pandemia de Covid,.
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