Economia
Bahia: setor de serviços apresenta queda em setembro, mas área do turismo cresce no estado
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Redação
Em setembro, o volume do setor de serviços caiu 0,6% na Bahia, na comparação com o mês imediatamente anterior, livre de influências sazonais. Perdendo, assim, o crescimento registrado em agosto (0,6%) e quebrando o ritmo de alta, que chegava ao terceiro mês consecutivo. Entre agosto e setembro, com ajuste sazonal, 22 das 27 unidades da federação tiveram quedas, acompanhando a variação de -0,3% no país.
De agosto para setembro, as maiores altas foram registradas em Rondônia (6,3%) e Sergipe (2,3%). No outro extremo, Roraima (-5,2%) e Piauí (-5,1%) tiveram as quedas mais expressivas.
Frente a setembro de 2017, o volume dos serviços na Bahia manteve-se em alta pelo terceiro mês consecutivo (0,4%), embora tenha reduzido o ritmo de crescimento registrado em agosto (1,1%), nesta comparação. Foi o segundo menor crescimento entre os estados, um pouco abaixo da média nacional (0,5%).
Nesse confronto, o volume do setor de serviços aumentou em 12 das 27 unidades da Federação, com destaques positivos para Amazonas (6,5%) e São Paulo (3,4%).
Os serviços na Bahia acumulam queda de 3,1% em 2018 e de 2,9% nos 12 meses encerrados em setembro. Em ambos os casos houve reduções no ritmo de queda, mas o desempenho do setor se mantém negativo nesses indicadores há bastante tempo: no acumulado no ano, cai seguidamente desde fevereiro de 2017, no acumulado em 12 meses, recua desde setembro de 2015.
De janeiro a setembro de 2018, no Brasil, os serviços têm queda acumulada de 0,4%, com crescimento em apenas seis dos 27 estados. Nos 12 meses encerrados em setembro, o volume do setor teve retração de 0,3% no país, com resultados negativos em 22 unidades da Federação.
Três atividades crescem na Bahia
Frente ao mesmo mês de 2017, em setembro de 2018, três das cinco atividades de serviços pesquisadas apresentaram crescimento na Bahia.
Os destaques, em termos de contribuição para o resultado positivo do setor, ficaram, respectivamente, com transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (7,2%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (1,8%). Serviços prestados às famílias (0,6%) também apresentaram crescimento.
Os transportes são a atividade de maior peso na estrutura do setor de serviços na Bahia e tiveram, em setembro, sua quarta alta consecutiva. Já acumulam, no ano, crescimento de 1,9%, o melhor resultado.
Por sua vez, os serviços profissionais são a atividade que tem crescido de forma mais consistente ao longo do ano, no estado, com altas seguidas desde março e acumulando em 2018 expansão de 0,8%. Também têm peso importante na estrutura dos serviços baianos e reúnem um grupo diversificado de serviços, com grande peso daqueles direcionados às empresas (ligados às áreas jurídica, contábil, de segurança, assessorias e consultorias em diversos campos, por exemplo).
Por outro lado, os serviços de informação e comunicação (-9,3%) continuam como a principal influência negativa na Bahia. Eles se mantêm em quedas seguidas desde junho de 2017, acumulando retração de 12,8% no ano de 2018 – a maior dentre as atividades investigadas.
O grupo dos Outros serviços (-14,4%) também teve forte recuo em setembro e acumula no ano queda de 5,9%.
Turismo
De agosto para setembro, as atividades de serviços ligadas ao turismo na Bahia tiveram seu 4º crescimento consecutivo (1,2%), mas desacelerando fortemente o ritmo registrado em agosto (6,8%). O confronto com o mês imediatamente anterior é ajustado sazonalmente.
Foi o segundo melhor resultado dentre os 12 estados onde as atividades turísticas são investigadas separadamente e um desempenho superior à média do país (-0,4%). Frente a setembro de 2017, o turismo baiano também teve alta (5,1%), ficando pouco abaixo da média nacional (5,5%).
Nos primeiros nove meses deste ano, o volume das atividades turísticas no estado se mantém negativo (-2,8%), a terceira retração mais intensa do país, onde, em média, os serviços ligados ao turismo avançam (1,4%).
Nos 12 meses encerrados em setembro, o turismo baiano também apresenta retração (-1,4%), pior que a média nacional (-0,7%).
*Por Agência IBGE de Notícias
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