Educação
Bahia possui 1,5 milhão de analfabetos com mais de 15 anos; taxa é maior entre pessoas negras
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) realizada pelo IBGE é referente ao ano de 2019.
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RedaçãoNesta quarta-feira (15) foram divulgados os resultados sobre educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referente ao ano de 2019. Os dados mostram que a Bahia não avançou como deveria no setor da educação, tendo o maior número de pessoas de 15 anos ou mais de idade analfabetas do país.
Em 2019, na Bahia, havia 1,524 milhão de pessoas de 15 anos ou mais de idade que não sabiam ler nem escrever um bilhete simples. Esse número era 2,8% maior que o verificado em 2018 (mais 41 mil analfabetos entre um ano e outro) e 3,0% superior ao existente em 2016 (mais 45 mil pessoas analfabetas nesse período). Além disso, esse grupo vem mostrando um viés de alta por dois anos seguidos e fez a taxa de analfabetismo no estado chegar a 12,9% no ano passado, frente a 12,7% em 2018.
No Brasil como um todo, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade, em 2019, foi de 6,6% (frente a 6,8% em 2018), com 11,041 milhões de analfabetos (1,1% a menos que no ano anterior). O Plano Nacional de Educação (PNE) determina que a taxa de analfabetismo no país fosse de no máximo 6,5% em 2015, meta ainda não atingida em 2019. A lei prevê a erradicação do analfabetismo no país até 2024. O analfabetismo na Bahia, assim como no Brasil em geral, está fortemente relacionado à idade, ou seja a um “estoque” de pessoas mais velhas que nunca chegaram a aprender a ler e escrever.
No estado, quase nove em cada 10 analfabetos, em 2019, tinham 40 anos ou mais de idade, e pouco mais da metade eram idosos de 60 anos ou mais. Também há uma importante desigualdade por cor ou raça nesse indicador. A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade que se declaram pretas ou pardas (13,5%) é superior à dos que se declaram brancos (10,4%). Essa diferença aumenta muito entre os idosos: 39,2% dos pretos ou pardos com 60 anos ou mais de idade são analfabetos, frente a 26,9% dos brancos.
Além disso, no estado, o crescimento da população que não sabia ler nem escrever entre 2018 e 2019 se deu exclusivamente entre pretos ou pardos (de 1,246 milhão para 1,296 milhão nessa condição). Entre os que se declaravam brancos, houve, na verdade, redução do número de analfabetos (de 226 mil em 2018 para 212 mil em 2019).
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