O Departamento de Polícia Técnica (DPT) da Bahia vai participar, através das Coordenações de Genética e Antropologia Forense e da Rede Integrada Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG) do Ministério da Justiça, da Campanha de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas. A ação consiste na inclusão dos perfis genéticos dos familiares no banco para posterior confronto com as amostras dos corpos não identificados ou ossadas que já deram, ou que venham a dar, entrada no Instituto Médico Legal (IML).
A campanha, de iniciativa do Ministério da Justiça (MJ), será lançada na próxima segunda-feira (26) e acontecerá em âmbito nacional. De acordo com o cronograma da campanha, as coletas seguirão até o dia 30 de agosto (sexta-feira). Para participar, os familiares deverão registrar o boletim de ocorrência, depois comparecer ao IML/DPT, munido de documentos de identificação, para realizar uma entrevista com a equipe de Antropologia Forense e posterior coleta de material biológico.
Na Bahia, 32 Coordenadorias Regionais de Polícia Técnica (CRPT) do interior do estado também participarão da Campanha. “Embora façamos essas coletas de familiares rotineiramente ao longo do ano, com essa mobilização nacional poderemos resgatar situações de familiares que já procuraram a polícia, fizeram boletim de ocorrência, mas não tiveram seu material genético coletado”, pontuou o perito criminal de Genética Forense e representante da Bahia no Projeto, Luis Rogério.
O fato da rede integrar outros estados da federação significa que se um corpo for encontrado na Bahia e seus parentes realizarem as coletas em São Paulo, por exemplo, o Banco vai apontar a confirmação do parentesco. Ainda conforme Luis Rogério, uma campanha parecida aconteceu em 2021 e foi bem sucedida. Pessoas desaparecidas entre 4 e 20 anos tiveram seus restos mortais identificados. “Embora seja uma notícia que a família não quer receber, a identificação fecha um ciclo de busca”, finaliza o perito.