Cultura e Entretenimento
BA: ocupação no setor cultural tem grau de informalidade mais alto e rendimento mais baixo que a média
Maioria dos postos de trabalho é ocupada por mulheres e pessoas pretas ou pardas.
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RedaçãoEntre as pessoas ocupadas no setor cultural, na Bahia, em 2020, a maior parte eram mulheres (57,6%); pessoas pretas ou pardas (80,1%); de 30 a 49 anos de idade (52,1%); com ensino médio completo ou superior incompleto (60,4%); e que estavam na informalidade (60,7%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do IBGE, publicada hoje (8).
Na comparação com o total de ocupados no estado, o perfil dos trabalhadores da cultura se distinguia por ser bem mais feminino, elas eram 57,6% na cultura, frente a 41,5% do total de pessoas ocupadas, e escolarizado: 79,8% dos trabalhadores da cultura tinham ao menos o ensino médio completo, frente a 59,1% dos ocupados em geral. Era, porém, mais marcado pela informalidade do que a média: 60,7% dos que trabalhavam na cultura eram informais, frente a 51,2% no total de ocupados.
A alta informalidade certamente contribuía para que os trabalhadores do setor cultural tivessem um rendimento médio mensal mais baixo do que o total de ocupados no estado: R$ 1.246 frente a R$ 1.782 (-30,1%).
E, apesar de serem minoria entre os trabalhadores do setor cultural baiano, os homens ganhavam, em média, 41,7% a mais que as mulheres: R$ 1.499 frente a R$ 1.058. A desigualdade salarial por sexo era bem mais expressiva nas atividades da cultura do que entre os trabalhadores em geral: no total de ocupados no estado, os homens ganhavam 28,2% a mais que as mulheres, R$ 1.957 frente a R$ 1.526.
A diferença do rendimento por cor ou raça quase não existia entre os trabalhadores da área cultural na Bahia. Nesse setor, brancos ganhavam em média R$ 1.237, e pretos ou pardos, R$ 1.230. Considerando o total de ocupados, os pretos ou pardos ganhavam, em média, 42,2% menos do que os brancos, R$ 1.567 frente a R$ 2.710.
O rendimento médio dos trabalhadores da cultura na Bahia, de R$ 1.246, era, em 2020, o quarto mais baixo do país, superando apenas os registrados em Alagoas (R$ 1.087), Piauí (R$ 1.135) e Maranhão (R$ 1.243). Os maiores rendimentos estavam em São Paulo (R$ 3.420), Distrito Federal (R$ 3.398) e Rio de Janeiro (R$ 3.037).
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