Política
Aulas presenciais: Elinaldo avalia que discussão é necessária, mas prematura
“Não devemos pensar em um retorno às atividades em curto prazo, desde quando não temos ainda um plano que torna prioritária a vacinação dos trabalhadores da educação”, disse o prefeito.
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RedaçãoNesta sexta-feira (23), em reunião por videoconferência com prefeitos da Região Metropolitana de Salvador (RMS), representantes das secretarias estaduais da Educação (SEC), da Saúde (SESAB) e de Relações Institucionais (SERIN), secretários municipais da Saúde (Sesau) e da Educação (Seduc) de Camaçari, o prefeito Elinaldo Araújo (DEM) afirmou que o retorno das aulas presenciais é uma discussão necessária, mas prematura.
“Precisamos elaborar um planejamento de retorno às aulas mais estruturado, e fazer isso com segurança. Não devemos pensar em um retorno às atividades em curto prazo, desde quando não temos ainda um plano que torna prioritária a vacinação dos trabalhadores da educação. E mesmo assim, ainda precisamos saber em que tempo, após a vacinação, é o melhor momento para essa retomada. Dentre outros, esses são critérios que precisam ser discutidos amplamente para que tomemos uma posição mais efetiva”, destacou o prefeito.
Para Elinaldo, a questão precisa ser alinhada e debatida largamente com os membros dos conselhos estaduais e municipais da educação, dos sindicatos representativos da classe e, em especial, com o Ministério Público do Trabalho (MPT), para que seja construída uma decisão em conjunto com os profissionais, e não isolada dos gestores, e, sobretudo, para que haja amparo legal da decisão, sem desgastes.
“Em Camaçari, ainda estamos vacinando os idosos de 62 anos. No momento, nosso quadro epidemiológico está mais tranquilo. No entanto, ainda permanecemos com 90% dos leitos ocupados. Como pensar em retorno às aulas quando não temos nenhum percentual dos trabalhadores da educação vacinados? Sugiro, como uma proposição, que tenhamos, pelo menos, um mínimo a ser definido em colegiado, de profissionais da educação vacinados em cada unidade, pois, de certa forma, minimizaríamos os riscos de contaminação da doença. Não dá, nesse momento, para estabelecer apenas a quantidade de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ocupados como critério para a retomada, sem avaliar a condição desses trabalhadores”, ponderou o secretário da Saúde, Elias Natan.
Conforme Natan, o retorno de maneira segura precisa de uma uniformidade nas metas do estado, e não levar em conta apenas as taxas de ocupação de leitos e de mortalidade pela Covid-19.
“Nós estamos preparados para o retorno às aulas presenciais no que diz respeito à prontidão pedagógica e sanitária, mas é preciso avançar nessa metodologia, sobretudo, nos indicadores relacionados à segurança e à saúde. Para retomar as aulas precisamos priorizar a vacinação dos trabalhadores da educação. O município tem a preocupação de elaborar um planejamento mais estruturado”, enfatizou a secretária da Educação, Neurilene Martins.
A subsecretária estadual da Saúde, Tereza Paim, falou que o estado prevê que, quando as aulas forem retomadas, as turmas sejam divididas em 50%. O retorno se dará, inicialmente, em um modelo híbrido e com aulas em dias alternados. Quando o estudante não estiver na escola, ele terá material pedagógico digital e impresso para utilizar em casa.
O secretário estadual da Educação, Jerônimo Rodrigues, informou que serão apresentados protocolos para unificar as frentes e criar uma linha de trabalho em prol da educação, priorizando a saúde dos profissionais.
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