Cultura e Entretenimento
Artistas unidos, contra o fascismo, jamais serão vencidos
Publicado
em
Por
Faustino MenezesJá falamos sobre arte e democracia aqui e política também, principalmente. Não seria diferente agora, estamos prestes a “comemorar” o 7 de setembro, dia em que teoricamente o então Imperador Dom Pedro I proclamou a independência do Brasil às margens do Rio Ipiranga, em São Paulo, pelos idos de 1822.
Quase 200 anos depois, precisamos novamente gritar independência, mas desta vez contra o fascismo neotropical que acendeu no país desde 2016. E quem também está lá na linha de frente da trincheira? Pois é! Artistas, músicos, atores, diretores, enfim, a classe que historicamente sempre é uma das primeiras a serem caladas, censuradas e vitimizadas pelo avanço do autoritarismo.
E é por isso que artistas locais decidiram se unir na data mais emblemática do calendário brasileiro a gritar, da maneira que melhor lhes convém, contra o atual governo federal – e municipal também, por que não?
Três bandas se juntam no dia 7 (sábado), no espaço mais progressista e libertário de Camaçari, para comemorar à sua maneira a data. Declinium, Venice e Seleção Natural unem-se para o ‘Rock da Independência’, no Nalaje Multiespaço, a partir das 15h. A entrada custa 10 bozos.
Apesar do rock no nome, o evento terá muito mais que isso. A principal bandeira e linguagem da Seleção Natural é o protesto, o grito dos oprimidos contra o sistema. É, tem um Q de rock nisso, mas é além. É afrorapjazz, é rock também, mas é isso tudo batido no liquidificador da música brasileira com pitadas de R&B para dar voz à periferia, ao guetto.
Declinium e Venice não ficam atrás. Apesar de terem em suas letras forte teor sentimental, típico do indie rock que lhes vestem, ambas as bandas são preocupadas e antenadas nos problemas sociais que enfrentamos nos dias de hoje. Por isso, nada melhor do que unir forças para bater de frente com a situação atual, já que a própria esquerda tem problema de o fazer.
Pelo direito de gritar fora Bolsonaro, fora milicos, milicianos, fora Ricardo Salles, Weintreub, Lorenzoni, Eduardo, Flávio e toda corja de fascista no poder! Apoiadores deles podem até ir, mas não são bem-vindos, manda avisar a diretoria.
Esperamos você lá também! É a chance de ver a banda deste que vos escreve em ação.
PS: quem achar o Queiroz não paga!
Faustino Menezes, músico, produtor e ativista cultural. Escreve as sextas a cada duas semanas.
Leia Também
-
Dilson Magalhães Jr. incentiva participação popular na revisão da Lei Orgânica do Município
-
Homem passa mal e morre na praça Desembargador Montenegro
-
“Garantindo ganhos importantes”, celebra presidente do Sindborracha após ter propostas aprovadas em assembleia
-
Irmãos são baleados dentro de casa no bairro Santo Antônio; um morreu
-
Paratletas de Camaçari embarcam para competição em São Paulo
-
Em São Paulo, Flávio Matos participa de feira internacional de turismo
Juliano sarff
30 de agosto de 2019 at 20:08
Botou pra toder