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Artista camaçariense, Fernanda Caroline sofre com alagamentos e risco de desabamento em Parafuso
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Mirelle LimaNos últimos meses, Camaçari tem passado por chuvas intensas e temperaturas instáveis, o que gera transtornos para quem vive em residências vulneráveis e acabam sofrendo com problemas de alagamento. A artista plástica e tatuadora Fernanda Caroline, 23 anos, tem vivido a angústia e o medo de que sua casa possa desabar a qualquer momento, devido à constantes alagamentos que levaram a diversos problemas na estrutura.
Moradora da Rua Comunitária, em Parafuso, ela viu a água danificar seus pertences há pouco mais de um mês quando chegou a ultrapassar a altura da cintura. “Desde a existência do nosso quintal, nossa família sempre sofreu momentos de alagamento, porém no dia 6 de abril passei por uma situação muito vulnerável, minha residência alagou até a minha cintura, a água mediu 1,40m, foi uma situação bem desesperadora. Perdi móveis, eletrodomésticos, roupas e tecidos em geral, trabalhos artísticos realizados dentro e fora da universidade, documentos entre outros pertences”, relata.
Fernanda trabalha com body piercer, tatuagem e desenho no Nagô Estúdio. Além disso, a jovem já transitou por diversos âmbitos da cultura no município. Na Cidade do Saber, praticou Dança Contemporânea e integrou o Conservatório de Música.
A estudante da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (UFBA) explica que os alagamentos são constantes devido à falta de manutenção na rede básica de esgoto da rua. “O motivo do alagamento é uma manilha de água pluvial que foi implantada há muito tempo dentro do meu quintal, ela é antiga e já não suporta tanto fluxo de água, que percorre por todas as ruas, até chegar aqui. A Prefeitura de Camaçari nunca realizou nenhuma reforma da manilha, nem de rede básica de esgoto no meu bairro, portanto, todas as casas da minha rua sofrem de alguma forma este transtorno de alagamento”, conta.
De acordo com Fernanda, não houve retorno do governo municipal para realizar a manutenção da rede de esgoto. Ela também afirma que não conseguiu obter o auxílio necessário com a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). “Até então, não recebi nenhum retorno da Seinfra [Secretaria de Infraestrutura] do que poderá ser feito para reforma dessa manilha pluvial e da rede de esgoto, os programas sociais de Camaçari somente me ajudaram com uma cesta básica e um colchão de solteiro, aguardo com muito desespero o auxílio aluguel que eles pagam, de R$ 300 para ajudar nos custos que estou tendo de moradia, pois minha casa está condenada, além do risco de alagamento ela também passa por processo de desabamento, possui várias rachaduras de fora a fora da casa, impossibilitando minha moradia”, enfatiza a artista.
Ao expor a situação nas redes sociais, Fernanda recebeu doações que a ajudaram. De acordo com ela, o governo municipal não realizou nenhuma ação para garantir a segurança da residência. “Graças a boa visibilidade que tenho nas redes sociais, pude receber várias doações de alimentos, alguns móveis, e valores em dinheiro dos meus seguidores e foi isso que me ajudou e me ajuda até agora, porque se eu fosse esperar pela ajuda da Prefeitura de Camaçari, eu estaria passando real necessidade”, relatou.
Em nota, o governo municipal informou ao Destaque1 que possui conhecimento da situação e irá realizar o cadastro de Fernanda no auxílio aluguel. Também explicou que a Defesa Civil constatou que a casa foi construída sobre o sistema de drenagem da localidade, que sobrecarregou por conta do volume de chuva e causou o alagamento.
Confira a nota na íntegra
A Prefeitura de Camaçari está ciente da situação de Fernanda Caroline Nogueira da Silva, moradora de Parafuso, e lamenta os transtornos pelos quais está passando. Uma equipe da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedes) está acompanhando o caso e já foi feito o primeiro contato para solicitar a documentação necessária para dar entrada no auxílio aluguel. A Defesa Civil esteve na residência afetada e constatou que a casa foi construída sobre o sistema de drenagem da localidade, que sobrecarregou por conta do volume de chuva e causou o alagamento. Além disso a casa está abaixo do nível da rua, o que contribui para a invasão da água nos cômodos do imóvel.
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