“Aqui não está um governador que usa a polícia para grampear adversários”, rebateu Rui sobre críticas à segurança pública

O governador Rui Costa (PT) enalteceu hoje (26) o trabalho das Polícias Militar e Civil da Bahia e aproveitou a visita às obras do novo colégio estadual de tempo integral no bairro do Imbuí, em Salvador, para fazer o que chamou de “defesa pública” dos profissionais.

Sem citar nomes, o petista criticou a postura de adversários políticos que têm dado entrevistas para “bater na polícia militar, criticar a segurança pública, bater na polícia civil”.

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“Aqui não está um governador que usa a polícia, nem militar nem civil, para grampear adversários, para fiscalizar adversários, nem para perseguir adversários. Quem me conhece sabe que eu valorizo os profissionais, dou autonomia e cobro resultados. E defendo, e defenderei, desde o primeiro dia, a polícia militar é testemunha que defendo a ação dos nossos policiais quando elas estão dentro do marco legal e dentro da defesa da sua sobrevivência, inclusive”, rebateu.

Rui disse ainda que um dos maiores problemas da segurança pública no Brasil e no mundo são as drogas. O governador falou que este é um “gafanhoto que destrói a juventude” e “que movimenta bilhões e bilhões de dólares no mundo inteiro, que emprega no Brasil milhares de pessoas”, sendo necessária uma discussão nacional sobre o tema.

Ele ainda teceu críticas ao sistema judiciário, afirmou que a “lei está equivocada” e defendeu a mudança do sistema legal brasileiro para ter a garantia de uma segurança pública em todo território nacional.

“Mas eu tenho que defender os nossos policiais, porque além do risco da sua vida pessoal, é um trabalho desgastante, porque o sistema judicial brasileiro, eu repito desde o primeiro dia e aonde eu estiver em janeiro de 2023 eu continuarei repetindo e tentando mudar essa realidade no Brasil, não é possível um sistema judicial legal que você prenda em 20 dias, três vezes, quatro vezes uma pessoa por roubo de carro e a pessoa esteja solta quatro vezes em 21 dias. Porque o bandido começa a zombar da cara do policial militar ou civil: ‘você vai me levar pra onde? Vai me levar pra dar um passeio ali na esquina, mas já, já eu volto. É isso?’. Começa a rir da cara do policial, porque é um negócio ridículo mesmo, você prende alguém com fuzil, com escopeta, com pistola moderna, sofisticada e o cabra rapidinho está solto. E a lógica é o seguinte: quanto mais perigoso e maior for a hierarquia do bandido, mais rapidamente ele sai da cadeia, porque advogados mais caros ele consegue pagar e mais influência ele consegue ter. E o inverso é verdadeiro, o cara que roubou uma galinha, roubou uma lata de óleo, um quilo de feijão no supermercado, esse é às vezes o que fica mais dias na cadeia pagando o preço de no desespero ter roubado”.

Rui Costa ainda pontuou a necessidade de melhorias nas corporações em toda a Bahia e sinalizou investimentos do governo estadual, a exemplo da aquisição de cerca de 200 motocicletas, aumento da remuneração dos policiais que dirigem motos e blindagem das viaturas.