ACM Neto acusa Doria de impor saída de Rodrigo Garcia do Democratas

O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, trocou o Democratas (DEM) pelo PSDB após 27 anos. O anúncio foi oficializado nesta sexta-feira (14), durante evento em um hotel de luxo no bairro do Brooklyn, na zona sul da capital paulista, e incomodou o presidente do DEM, ACM Neto.

O ex-prefeito de Salvador utilizou as redes sociais para manifestar o seu desagrado e afirmou que a saída de Garcia, que era filiado ao DEM desde os 21 anos de idade e hoje tem 47, “é fruto de uma inexplicável imposição estabelecida pelo governador de São Paulo, João Doria”.

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A filiação ao PSDB é um indicativo de que ele possa encabeçar a chapa na disputa pelo governo do estado de São Paulo, caso João Doria desista da reeleição e decida disputar a Presidência da República.

A postura desagregadora do governador de São Paulo amplia o seu isolamento político, e reforça a percepção do seu despreparo para liderar um projeto nacional.

— ACM Neto (@acmneto_) May 14, 2021

Certos de que o PSDB possui lideranças e quadros nacionais que são capazes de colocar os objetivos comuns e os sonhos para o futuro do Brasil à frente de projetos pessoais, o Democratas espera preservar a longa história de parcerias construída com o partido.

— ACM Neto (@acmneto_) May 14, 2021

Debandada

Outras figuras fortes e atuantes do DEM também estão saindo em debandada do partido. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, já confirmou a mudança para o PSD no início deste mês.

Em fevereiro, quem também sinalizou a migração para outro partido foi o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. O desentendimento entre Maia e ACM Neto começou durante as eleições para a presidência da Câmara, quando o DEM direcionou seu apoio para Arthur Lira (PP-AL) e se negou a apoiar Baleia Rossi (MDB-SP), nome lançado por Rodrigo Maia.

ACM Neto vem colecionando outros desafetos, entre eles o ministro da Cidadania, João Roma. O laço entre os dois se rompeu depois que Roma decidiu aceitar o convite do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para assumir o ministério.