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Opinião

A política como continuação da guerra, por Edson Miranda

A administração do poder é uma ciência que deve ser estudada o tempo todo e não pode ficar restrita às tradicionais “análises de conjuntura”.

Edson Miranda

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A política como continuação da guerra, por Edson Miranda
Foto: Edson Miranda

Neste artigo, aproveito o evento da guerra da Rússia contra a Ucrânia e o desenrolar da política eleitoral na Bahia para refletir sobre tais fenômenos, tanto no plano político quanto existencial, no sentido de passar por ambos buscando reter lições para as nossas vidas. Farei uma introdução um pouco longa, e de antemão peço desculpas por tal atitude, que considero, entretanto, necessária.

No decorrer da semana, vários veículos de comunicação informaram a desistência do atual senador e ex-governador Jaques Wagner de concorrer a um novo mandato para o Governo da Bahia. Os jornais citam apenas razões de “ordem política” para a difícil decisão de Wagner. Porém, acredito, o mais importante não são as motivações do cálculo político e eleitoral, mas aquelas advindas da confiança e da autoridade feridas, da expectativa não correspondida, que podem ter ocorrido tanto no decorrer da gestão de Rui quanto na sua decisão atual de se candidatar ao Senado da República.

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É impossível que depois de toda a sua experiência pessoal e política, ao começar a transitar pelo outono da vida, ele o queira fazer sem nenhuma Sabedoria, continuando a levar na “ponta da faca” uma política que não mais se reconhece na sua origem transformadora e portadora do gérmen regenerador. Para os seres humanos que vivem sua existência de maneira comum já é muito difícil, imagina para quem passou grande parte da vida travando grandes batalhas, e com isso adquiriu, principalmente, fama e prestígio. Essa nova decisão, depois do reboliço causado com o desejo do governador Rui Costa de concorrer a uma vaga no Senado, indica que existe alguma Sabedoria, com “S” maiúsculo, na iniciativa do ex-governador.

Parece que outros elementos essenciais adentraram ao plano mental de Wagner, que vão além do anterior: mais focado na vontade de manter coeso o grupo político que governa a Bahia há 16 anos, na vontade de ganhar mais um pleito, de mostrar para Rui quem, de fato, ainda manda ou de querer se vingar da sua criatura e etc.

O fato é que um reboliço desse tamanho não tem como não revolver camadas mentais que estavam aparentemente acomodadas e que, de repente, vêm à tona e passam para o andar de cima. Nessa situação não tem como Wagner também não enxergar sua parcela de responsabilidade em todo esse imbróglio, quando lá atrás tirou a candidatura de Rui da manga de sua camisa e a impôs ao seu partido e aos partidos da aliança.

Aqui eu gostaria de abrir um parêntese para tentar ligar eventos que aparentemente não possuem correspondências, mas, acredito, como afirma Milton Munitz, que a “existência solta não existe, o não ligado não existe”. Se a ideia de Projeto, de apostar no futuro, já estava fortemente colocada em xeque, imagina agora depois desses novos fenômenos aterradores: depois das graves tragédias provocadas pela crise climática, pela primeira pandemia do século 21, pelas bombas que caem sobre as cabeças do povo ucraniano e pela ameaça apocalíptica vinda de um Novo Monstro Nazista, vindo agora de Moscou, e que fala em cuspir de dentro das suas cavernosas entranhas seu artefato nuclear em todo o planeta.

Ressalte-se ainda, com o agravante das imagens grotescas chegando nas nossas cabeças em tempo real, uma espécie de “bomba cibernética”, que causa enormes impactos negativos na saúde mental da população do planeta. Um novo mundo tem de surgir de todos esses escombros do atual mundo em franca decadência, para que a esperança em um futuro bom e radioso ganhe mais uma vez a mente e os corações da maioria dos seres humanos. Diante dessa nova realidade emergente, continuar a exercer o papel de um cacique político, particularmente para quem não possui aspirações autocráticas, significa suportar uma carga pesada nas costas, difícil para um político que já avançou a casa dos 70 anos, por mais tarimbado e forte que seja.

Na época de ACM era muito mais fácil: bastava mandar um telegrama para os prefeitos, ameaçando-os caso surgisse algum voto para um dissidente ou um excomungado do grupo político. Pronto. Feita a maldade, ia-se para a cama com uma boa e feliz noite de sono. Não foi assim que o velho cacique fez ao destruir a carreira política de Prisco Viana?

Wagner já está por demais escolado com a maioria dos partidos e políticos atuais: “todos eles querem ser Deus, mas ninguém quer carregar sua cruz”. A cruz é carregada, na maioria das vezes, pelo próprio cacique. Difícil, não? Todo mundo quer ser candidato, mas ninguém tem dinheiro e, muitas vezes, votos suficientes para se eleger. O cacique deve bancar tudo. Convenhamos que esse cenário é muito perigoso hoje em dia! Significa que, no mundo que emerge de todo esse caos, exercer o caciquismo ficou muito mais difícil e perigoso, mesmo em países periféricos ou rincões no fim do mundo. Se no mundo do Rei Lear, Shakespeare afirma que “os loucos guiam os cegos”, no mundo atual só sendo extremamente louco, a la Putin et caterva, para guiar cegos. Nesse caso, também é verdadeiro que no mundo atual, com maior educação, cada vez há menos cegos querendo se acorrentar a políticos e religiosos loucos.

Por tudo isso e por sua larga experiência nesse tipo de política, Wagner, a essa altura do campeonato, já é conhecedor, ou talvez já sinta, perceba, que o projeto que comanda na Bahia precisa ser reinventado, precisa de um novo modelo de exercício da Política, do Governo e do Poder. Reinvenção que deve ser realizada sem aquela velha ladainha de “trocar os pneus com o carro andando”. Wagner sabe que essa tentativa pode levar mais rapidamente ao desastre. É preciso parar o carro para trocar pneus, motor, fazer chaparia e transformar a parte elétrica em eletrônica, o que requer um novo software.

O atual presidente da Ucrânia demonstra ao mundo como é importante dominar pessoalmente dispositivos tecnológicos para se exercitar o Poder atual; em seu caso, um simples celular. Quem não atualizar seus “Exércitos de Brancaleone” estará frito. Terá fôlego curto, muitas trapalhadas e grandes dores de cabeça!

Wagner, no mínimo, já intui que no seu entorno não existe mais “projeto coletivo”, como também nunca existiu nos entornos de ACM Neto e da extrema-direita bolsonarista. O que sobrevive dos destroços são subjetividades quase que particularizadas e buscas pessoais de manutenção de poderes. A maioria dos deputados e partidos que agora clamam por sua candidatura o chama de “meu irmão”, “meu líder”, meu isso, meu aquilo, estão muito mais agindo em função de garantir a renovação dos seus mandatos e dos seus quinhões de poder. Eles calculam que a candidatura do ex-governador tem potencial para arrastar mais deputados. Portanto, pouco tem a ver com uma consciência para conquistar um novo patamar civilizatório na Bahia e na política baiana. Wagner também sabe disso.

Ele tem consciência do sacrifício que terá de fazer para carregar essa turma toda nas costas. Vai se arriscar, mais uma vez, a essa altura da vida e com os rabos que ainda tem para resolver, tanto na Justiça quanto na sua biografia, que vai ficar para a História. Sem o apoio de Rui, ele será o principal responsável para conseguir grana e espaço político para essa turma toda se eleger, sem garantias de que não está “criando cobras para depois lhe morder”.

Wagner não quer e, para a continuidade da luta, tem ciência de que não pode passar para a História no mesmo rol dos piores políticos tradicionais da Bahia. Entretanto, manter essa carga que querem jogar nas suas costas, não refletir sobre os passos trilhados até aqui é o caminho mais curto para chegar onde sua atualizada consciência política lhe diz que não deve chegar.

Rui, por outro lado, age de forma mais instintiva. Independentemente da posição que venha a ocupar, sabe que já sofreu uma forte derrota e uma desmoralização inédita, no campo esquerda, impostas por seu próprio partido. O PT resolveu expurgar Rui Costa de suas fileiras, e ele tem ciência de que não terá mais vida fácil e reconhecimento no PT da Bahia.

Em uma movimentação também inédita, quase todas as correntes do partido, em função das insuficiências de ordem política do governador, conseguiram um tom consensual na proposta de cancelá-lo, praticamente sem necessidade de disputa interna. Rui é tido como um traidor, político egoísta que só pensa em si, não está fazendo por Wagner o que este fez por ele lá atrás, e, apesar dos índices de aprovação do seu governo, é vendido para dentro como um governante débil, neoliberal, destruidor do meio ambiente, exterminador da juventude negra, além de um péssimo articulador e comandante político.

Para o PT e aliados, seu maior desastre foi sacar a Major Denice da manga do colete e, assim, contrariando a tudo e a todos, entregar de mãos beijadas a administração de Salvador para ACM Neto. A situação política de Rui está mais complicada do que a de Wagner, mas, acredito, ele já não aposta um vintém no projeto coletivo petista e da atual “esquerda baiana”. A candidatura da major já deve ter sido reflexo dessa desconfiança que ele adquiriu em relação às hostes partidárias. Depois de experimentar um naco de poder e ver como máscaras caem e homens e mulheres se revelam, provavelmente emplacou Denice para não entregar uma fatia de poder para as tais “cobras” que podiam lhe morder mais na frente.

Qualquer pessoa pode pensar diferente e de modo contrário a essa minha reflexão, tem todo o direito e é até bom que pense: quanto mais luz sobre o fenômeno, melhor. Porém, creio que a administração do poder é uma ciência que deve ser estudada o tempo todo e não pode ficar restrita às tradicionais “análises de conjuntura”, “tática e estratégia” e “correlações de forças”, análises restritas à dimensão meramente eleitoral, pois os partidos da “esquerda” se tornaram, exclusivamente, máquinas eleitorais, iguais a todos os outros. Por isso, o padrão mental de análise é baseado apenas no poder eleitoral e institucional, com vistas apenas a determinar quais são as alianças necessárias à “vitória”. Para os desafios atuais, tudo isso ainda é muito simplista e pobre de cognição.

Voltando aos protagonistas, vejo que Rui ainda controla o governo, e se quiser pode responder a toda essa investida contra sua imagem e sua carreira política. Percebo que se a guerra contra ele aumentar, pode desistir de ser candidato, permanecer no governo e tratar a pão e água seus atuais e possíveis “inimigos políticos”, inviabilizando várias carreiras políticas. Pode ainda sair do comando do governo, com um acordo de partilha com Leão, que vai substituí-lo, visando garantir condições materiais e peso político-eleitoral em uma possível candidatura sua, a deputado federal, e em candidaturas da sua mais estrita confiança.

Depois de eleitos, podem organizar uma nova força política, capaz de sobreviver e vencer os desafios que começou a enfrentar antes mesmo de deixar o governo. Ou seja, Rui ainda tem fôlego político e um leque de opções para enfrentar toda essa onda de desmoralização que, repito, vem principalmente do seu próprio partido. Os outros apitam pouco, vivem das migalhas que caem das mesas de negociatas.

Talvez Rui não tenha dado o que os políticos e os partidos tradicionais normalmente querem de um governante, comandante, cacique político: espaço e cargos no governo, dinheiro para compromissos e campanhas e também contratos nas mais diversas áreas do governo que rendam poder e lucros.

Nesse aspecto, tudo indica que alguma Sabedoria também chegou na “cachola” de Rui. Ele parece ter priorizado outros investimentos e, talvez, “essa falta de traquejo político”, como afirmam os prejudicados, seja o principal motivo da atual tentativa de colocá-lo no ostracismo e em estado de desgraça pessoal e política.

Nesse manejo Rui também é diferente de Wagner, e graças a essa sua personalidade política, não possui tantos rabos a desfazer quanto este último. Os escândalos que vieram à tona no seu governo, compra dos respiradores e envolvimento de sua Secretaria de Segurança com a máfia das terras no Oeste, junto com o falso cônsul e a banda podre do Tribunal de Justiça da Bahia, talvez não lhe tragam tantas dores de cabeça e possíveis punições.

Nesse momento, o PT também articula sua  “revolta”, mas, como já afirmei anteriormente, quase todos nessa trincheira estão em busca do “Grande Pai” que passe a mão pela cabeça das suas insuficiências. Vamos ver o tamanho da sua força, aparelhada contra o governador. Pelo menos na Bahia nunca foi assim. O PT sempre foi um partido rendido aos ditames do governo de plantão. Será que agora vai ser diferente?

Colocar novas regras de surpresa e no final da partida, nem o VAR resolve. Vai para o tapetão, na certa!

Por fim, quero afirmar que essa maneira de reflexão, esse método, não busca diminuir as responsabilidades dos comandantes políticos. Nesse caso, Rui e Wagner, muito pelo contrário, são os principais responsáveis pelo descarrilamento, pois há muito tempo são os maquinistas do trem.

O tabuleiro está posto. Só nos resta aguardar as novas jogadas e, como na guerra, as movimentações de armas!

A política como continuação da guerra, por Edson Miranda

Edson Miranda Borges é jornalista e mestre em Comunicação e Culturas Contemporâneas.

*Este espaço é plural e tem o objetivo de garantir a difusão de ideias e pensamentos. Os artigos publicados neste ambiente buscam fomentar a liberdade de expressão e livre manifestação do autor(a), no entanto, não necessariamente representam a opinião do Destaque1.

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