Opinião
A noite de luto do futebol baiano, por Fabio Sena
O estado que outrora foi o mais forte do Nordeste, hoje vive dias de desorganização e insucesso.
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Fabio SenaExistem noites que ficam marcadas na história do futebol. A noite do dia 14 de novembro de 2021 ficará marcada pelo registro do atual momento do futebol baiano. O estado que outrora foi o mais forte do Nordeste, hoje vive dias de desorganização e insucesso enquanto assiste a ascensão dos clubes do estado do Ceará.
A noite do luto começou com o duelo entre os únicos times do Nordeste campeões brasileiros. Bahia e Sport fizeram o confronto do desespero. O Tricolor baiano não repetiu as últimas boas atuações e saiu derrotado por 1 a 0. O sinal de alerta que estava ligado antes da partida deu lugar ao sinal de emergência no final do jogo.
Guto, que manteve a equipe invicta por sete jogos, agora tem duas derrotas. E a defesa, antes impenetrável, sofreu quatro gols nas duas últimas duas partidas. Para piorar, todos os concorrentes diretos na briga para não cair para a Série B venceram e colocaram o Tricolor na zona da degola.
Porém, não há tempo para lamentações. No domingo, na Fonte Nova, a equipe enfrentará o Cuiabá em mais um duelo direto na luta pela sobrevivência, e vencer é obrigação para não complicar ainda mais a situação do clube.
No lado rubro-negro, a noite era decisiva na luta para entrar na fase de grupos da Copa do Nordeste. O confronto era contra o Botafogo-PB, e tudo começou bem. O Vitória abriu 2 a 0 ainda no primeiro tempo e parecia encaminhar com facilidade o resultado. Porém, o Rubro-Negro viu sua vantagem sumir em menos de 10 minutos na segunda etapa. O “belo” conseguiu um empate em 2 a 2 e levou a decisão para os pênaltis.
Na decisão, todos os atletas converteram as penalidades, até que o goleiro Paulo, que entrou aos 49 minutos do segundo tempo, apenas para a decisão nas penalidades, parou Renan Luiz. Após defender o pênalti, coube ao próprio Paulo converter a última cobrança e classificar o Botafogo para a fase final da Copa do Nordeste.
Com mais um vexame dentro do Barradão, que um dia já foi sinônimo de alçapão do Rubro-Negro, o clube terá mais dois duelos para evitar o rebaixamento à Série C. Com cofres vazios para a próxima temporada, o rebaixamento pode elevar ainda mais uma crise que parece não ter fim.
Já são três anos na série B, quatro anos sem participar das finais do Baiano. O último título do clube foi em 2017, e agora, pela primeira vez, fora da Copa do Nordeste.
Fora dos campos, o clube tem graves problemas administrativos e financeiros. Como não participará da Copa do Nordeste, terá de enxugar ainda mais o orçamento. Um rebaixamento para a Série C coloca a Instituição Esporte Clube Vitória em um nível jamais imaginável por sua torcida.
Fabio Sena é administrador de empresas com pós-graduação em Gestão da Produção. Camaçariense com muito orgulho e fanático por futebol. @equipegolfc
*Este espaço é plural e tem o objetivo de garantir a difusão de ideias e pensamentos. Os artigos publicados neste ambiente buscam fomentar a liberdade de expressão e livre manifestação do autor(a), no entanto, não necessariamente representam a opinião do Destaque1.
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