Opinião
A moda como elemento de inclusão para portadores de necessidades especiais
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Por
Mirelle LimaIr a uma loja de roupas e comprar peças que se adequem ao nosso estilo é uma tarefa simples que realizamos constantemente sem muitas dificuldades. No entanto, para os 45,6 milhões de deficientes brasileiros essa é uma tarefa mais difícil do que você pode imaginar.
Encontrar acessibilidade no cotidiano é um desafio diário para pessoas com necessidades especiais e no mundo da moda essa realidade não é diferente, já que grande parte das marcas não atende às necessidades desse público.
A moda está diretamente ligada à autonomia, expressão e personalidade, uma vez que a forma como nos vestimos é a maneira que encontramos de exteriorizar quem somos. Contudo, apesar de ser um mercado com grande demanda, a moda inclusiva não possui a visibilidade necessária. Com a falta de variedade de estilos nas peças voltadas para deficientes, os portadores de necessidades especiais acabam optando por peças que se adaptam às suas necessidades, mas não se adequam ao seu estilo e personalidade.
A temática precisa ser discutida, pois essa parte da população sofre uma constante segregação de ações simples, como comprar uma peça de roupa que ache bonita e usar algo que seja tendência da estação. Mais do que adaptação, pessoas com algum tipo de deficiência querem algo que seja fashion, que expresse sua personalidade e que os façam se sentir bem consigo mesmos.
O mercado da moda deve ser um ambiente de aceitação, igualdade e elevação de autoestima, e para que todos estejam incluídos nesse âmbito é preciso que as marcas se atentem a pequenos detalhes que fazem toda a diferença para portadores de necessidades especiais.
Para deficientes físicos é importante que sejam pensadas peças com materiais elásticos, e ajustes que dão mais praticidade nas atividades necessárias como zíper lateral, botões de imã, velcro e cós com elástico.
Deficientes visuais devem contar com peças que possuam etiquetas em braile detalhando cor, material e tamanho. Tendo informações sobre a roupa, acessórios e sapatos que estão usando, mesmo que não os vejam.
Pequenos detalhes que podem machucar aqueles que não possuem sensibilidade em alguma parte do corpo ou que possuem deficiência visual, também devem ser repensados para melhor conforto das peças.
Além das vestimentas, o ambiente das lojas deve ser adaptado. Estacionamentos, ambiente interno e provadores. Tudo deve ser pensado da melhor forma para atender todos os públicos de forma igualitária. Afinal, o momento das compras deve ser um momento de alegria e satisfação.
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