Somente o amor é capaz de explicar as razões para não abandonar o time do coração em momentos de adversidades. O que os torcedores do Vitória têm passado nos últimos anos é, sem dúvidas, uma das piores páginas do livro da história desse clube centenário.
O cenário de terra arrasada reflete para dentro do campo o resultado de uma sequência de péssimas gestões que foi capaz de saquear o cofre do clube, retirá-lo da elite do futebol brasileiro e fazer sucumbir o respaldo da instituição frente aos investidores.
A marca Vitória, responsável pela revelação de tantos talentos para o futebol do Brasil, hoje vive um pesadelo chamado série C.
No último sábado (9), a equipe voltou a campo contra o líder e virtual time de série A, o América-MG. O Rubro-Negro foi amplamente dominado pelo Coelho durante 90 minutos, sofrendo mais uma derrota, dessa vez de goleada por 4 a 0.
À beira do campo, Rodrigo Chagas, o candidato a salvador de uma tragédia anunciada bem antes do início da competição, observava sua equipe e as limitações técnicas em uma disputa desigual contra um time muito bem treinado por Lisca, com boas peças individuais, como o meia Ademir e o atacante Rodolfo.
Foi um duelo de um clube organizado fora de campo e forte no gramado contra um modelo de gestão ultrapassado e um elenco limitado que não é capaz de honrar a camisa rubro-negra.
Restando cinco rodadas para o fim do campeonato, o Vitória tem pela frente cinco decisões para evitar o que seria um desastre para a organização. Para essas batalhas, infelizmente, o time não contará com a ajuda física da sua torcida apaixonada, que por diversas vezes fez do Barradão um verdadeiro caldeirão, ajudando a equipe a vencer adversários teoricamente mais fortes.
Diante de tudo isso, o torcedor do Rubro-Negro está definitivamente à espera de um milagre.
Fabio Sena é administrador de empresas com pós-graduação em Gestão da Produção. Camaçariense com muito orgulho e fanático por futebol. @equipegolfc
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